terça-feira, 31 de julho de 2018

A questão nacional da América Latina




A questão nacional da América Latina
Por Gabriella Gilmore

Quando se fala em formação da sociedade nacional latino americana, logo nos vem à mente as grandes conquistas, e consequentemente, nos voltamos para as lutas e guerras travadas para que aquelas vitórias fossem alcançadas.
Por trás de todo movimento existem almas de mentes inquietas, de espíritos revolucionários, que sentem uma enorme necessidade de mudar sua realidade, pois não concordam com as injustiças de seu tempo. O pensamento Iluminista de que o homem nasce livre, mexe com os pensamentos daqueles que compreendem esta ideia e ao olhar para fora, vê que ela não se aplica a “realidade”. Assim, governos que foram formados debaixo de absolutismos, colonialismos, ditaduras, soaram um tanto desonesto para os grandes nomes responsáveis pelas lutas de libertação.
Um grande desafio quanto a essas lutas, era identificar quem seriam os seus participantes, afinal, a América Latina tem uma formação mestiça, onde muitos ainda não sabem bem o que são e qual identidade os definem. Sendo assim, as pessoas acabam sem saber em quê e o por que de lutar. Lutar para quê? Pelo quê?
Os estrangeiros passaram a se tornar nativos, portanto, passaram a lutar pelo seu país de nascimento, e não o país de seus antepassados. E assim, “o território e o povo formam-se nessa história”. (Octavio Ianni). Porém, não podemos deixar de pensar as desigualdades que são formadas nesse meio tempo, onde a divisão ocorre por todos os lados, seja ela regional, racial, financeira, cultural, e fica uma pergunta: qual é o real motivo para tantas “classes e castas”? Se pensarmos a História apenas como consequência da Política, o que essa instituição ganha em repartir as pessoas desse jeito?
Uma vez independentes, ainda fica o sentimento de despertencimento, pois muitas são as heranças, e cada grupo quer levar a sua adiante, e a pergunta volta a pairar na mente coletiva: qual é de fato a minha origem?
O mundo sendo movido debaixo de preconceitos e rótulos, as pessoas ao invés de se unirem, elas se separam, vivendo marginalizadas, como reflexo de um egoísmo, uma das principais dificuldades encontradas pelos líderes latino-americanos ao tentar ordenar as novas nações.
Citando mais uma vez Octavio Ianni, “A nação muda ou consolida-se, nesta ou naquela ocasião, conforme o jogo das forças sociais internas e externas”.
Essa reflexão vale para todos que um dia foram colonizados, e mesmo alcançando a libertação enquanto nação, ainda levam o peso da discriminação, e sociedade precisa se perguntar sempre: qual é a história que eu quero deixar para meus descendentes? Uma repetição de uma sucessão de mazelas, ou o desejo de estudar para mudar a realidade atual? Que a reflexão com bom senso seja umas das primeiras coisas a se colocar em prática todos os dias.
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sábado, 28 de julho de 2018

Impacto das postagens em tempo real


Por Gabriella Gilmore

Acabei de assistir a um documentário sobre Lady Di e para variar eu chorei.

Em resumo: Ela morreu por causa da publicidade, digamos assim, e hoje as pessoas imploram por serem vistas e seguidas. Sente-se por favor, porque o assunto de hoje é tenso.


Hoje em dia, com a corrente era da informação digital, redes sociais e o escambal, temos muita exposição de nós mesmos nas redes e menos curtição na vida real. Deixa-me explicar.
Estamos mais preocupados em compartilhar os momentos em que estamos vivenciando, oops, tentando vivenciar, do que apreciá-lo de verdade, porque o vício em postar as coisas em tempo real estão roubando espaço.
Já reparou como estamos virando um protótipo de robô?
É como se a gente vivesse mais para aparecer para o outro, do que para nós mesmos, sendo assim, nós não curtimos as coisas de verdade. Nós curtimos apenas a ideia de postar para os outros o que estamos fazendo.
Qual é o nosso problema, oh geração maluca?
Lady Di nunca pediu fama e nem super exposição. E naquela época a fome das revistas e da TV em vender as imagens quase em tempo real da princesa já estava a deixando louca.
Hoje, nós mesmos somos os nossos maiores publicitários, mas tem um porém, nós não temos seguidores reais.
Caiu a ficha agora, mona?
A maioria das pessoas que nos seguem são fakes ou não dão a mínima para o que nós postamos.
Elas curtem nossas coisas de forma automáticas, pois suas vidas são chatas e vazias, elas não têm nada para fazer, então se sentam com o smartphone nas mãos, e curtem, curtem, curtem sabem lá o quê.
Isso não te assusta?
"Ahhh, mas então você está sugerindo que as pessoas parem de postar as coisas, está?"
Não. Não estou.
Estou apenas soltando um alerta para nós olharmos para dentro e vê se nós nos encaixamos nas coisas que estou escrevendo aqui. (Percebeu que estou escrevendo na 1ª pessoal do plural? Essa mensagem também é para mim).
E se eu for sugerir algo, eu sugiro: Vamos viver, curtir o momento, postaremos depois! Amém?
Ninguém se importa se nós estamos postando em tempo real ou não. Se lembra de que as pessoas estão virando “inteligência artificial”? Quem garante que aquela postagem é realmente em tempo real?
Ding Dong!!! Entendeu coleguinha?
Gente, isso não é um texto para dar lição de moral não.
Precisamos urgente repensar essas coisas, pois uma geração está se estreitando a cada década que passa, e eu aposto que você não iria gostar de ver seus filhos/sobrinhos deixando de brincar, de curtir, para ficar amarrado no "*Black Mirror", certo? Então vamos nos unir, vamos dar o exemplo, e vamos repensar a forma como estamos usando as plataformas sociais.
Lembre-se que uma lente de câmera ou celular nunca será capaz de gravar com tamanha perfeição os momentos que você enxerga/vivencia com seus próprios olhos.

Abraços! Gabi.

*Black Mirror é um seriado do Netflix que fala sobre os impactos da tecnologia nas nossas vidas. Cada episódio é uma história, um elenco novo, uma abordagem diferente, mas todas sobre o mesmo tema. Eu fiquei com náuseas com os primeiros episódios porque é simplesmente impactante. Fica a dica!

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Dormindo bem e reto, obrigada.



Dormindo bem e reto, obrigada.
Uma crônica por Gabriella Gilmore

Texto dedicado à Waleska Zibetti e Suzana Barbi.

Havia uma semana que Clarissa estava tendo ataques agudos de gastrite. O clima em seu trabalho estava pesado; ameaça de contenção de despesas e muito trabalho acumulado.
A vida pessoal também estava um caos.
A ex-noiva de seu esposo havia voltado da Europa cheia de transtornos emocionais e parecia querer descontar no feliz recém-casado.
As ligações a cobrar e constantes ameaças deixou a família Medeiros no alerta.
“Desse jeito vou ter um câncer de estômago e ninguém mais vai me suportar, afinal, você fica com um tremendo mau hálito. Isso para não falar que você fica literalmente podre por dentro”.
“Mas isso é coisa da sua cabeça, amor”.  Dizia o maridão.
Ela odiava ouvir isso, por mais louca que ela parecia ser. Afinal, só a mesma poderia admitir isso.
“Vou começar a tomar os calmantes de novo. Não quero ter ataques de pânicos não. É horrível”. Pensou.
Em um daqueles dias, ela foi à farmácia de um conhecido para solicitar o bendito.
“Olha lá o quanto você vai tomar, hein dona Clarissa?” Advertiu o amigo farmacêutico. “E não abuse!”
Ela deu de ombros e saiu.
Chegando em casa, abriu a geladeira para pegar um copo de leite para tomar duas pílulas.
“Se Deus quiser vou dormir bem e reto”. Pensou.
De 4 em 4 horas ela tomava mais duas pílulas.
No trabalho, ela percebeu que estava desligada demais e não demonstrava emoções. Logo os colegas perceberam algo e vieram conversar com ela.
“Eu queria mesmo era fazer terapia do sono”. Murmurou com sua colega.
Esta riu.
Faltando alguns minutos para sair do trabalho, pensou em tomar uma dosagem maior para apagar.
“Nem vou à Yoga amanhã cedo”. Pensou. “Vou me dar este luxo de dormir feito morta”.
Foi dito e feito.
Acordou as 10:30 da manhã e percebeu que nada mudara.
“Eu preciso mesmo é de uma limpeza profunda, isso sim”. Cochichou para o além.
Clarissa escovou os dentes, desceu para comer uma torrada com queijo magro e café, e logo após o desjejum animou em arrumar seu quarto.
Quando tirou todas as coisas de cima da cama ela viu uma enorme formiga. Ali, ela reparou que havia dias que seu quarto estava infestado delas.
“Donde elas estão vindo? Eu nunca as encontro”.
Do nada ela resolveu tirar o colchão do lugar quando viu um ninho de formigas pretas, gordas e gigantes, quase ao lado do suposto lugar onde ficava seu travesseiro.
“Não acredito que venho dormindo em cima do ninho delas, e essas trabalhadoras nem se quer me atacaram. Devo mesmo estar podre. Nem os insetos me comeriam depois de morta.”
Ali, ela percebeu que se não fosse o remédio, ela estaria aos prantos e rindo ao mesmo tempo.
Oh vida louca!

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segunda-feira, 23 de julho de 2018

Controle sua sinceridade, hein?



Um dia desses minha amiga Dani Simões me marcou no Instagram com um pensamento que eu precisava ler. Dizia assim:
"Quando sua sinceridade for capaz de baixar uma autoestima, CALE-SE.
Quando sua opinião for capaz de desmotivar desnecessariamente alguém, CALE-SE!
Quando sua "crítica construtiva" for capaz de diminuir alguém, CALA-SE!!
Verdades sem empatia são apenas conveniências emocionais para satisfações do seu egocentrismo".

Fiquei BEGE! 

Isso foi um tapa na minha cara porque eu sou um tanto ignorante às vezes.
Fiquei envergonhada, porque muitas vezes eu devo ter magoado meus amigos e familiares com minha "santa sinceridade" sem perceber, e eu nunca havia pensado que existe momento certo até mesmo para a gente se calar e engolir a nossa verdade e opinião que vem de forma desenfreada.

Se você sentiu que esta mensagem também te incomodou, faça como eu, reveja suas sinceridades e as engula de vez enquanto.

Mil beijos Introspectors!!

Gabi.

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sexta-feira, 20 de julho de 2018

Feliz dia do amigo 2018


Gente, essa frase veio na minha mente para agradecer a todos os meus amigos que toleram a minha cara emburrada, meu problema sério em não tolerar atrasos das pessoas, porque eu sou Britânica gente, me ajuda né? haahahah E para meus amigos que me amam até quando estou insuportável.
Obrigada a todos pelo carinho, pelo companheirismo, pela empatia e por confiar sua amizade a mim.

Mil beijos a todos.
Feliz dia do amigo.
Gabi.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Pressão nossa de cada dia




Por Gabriella Gilmore
Esses dias eu estava conversando com minha amiga Carina Argila sobre o quanto a vida lá fora nos rouba energia. Para ser mais exata, a vida profissional.
Muito das vezes somos obrigados a lidar com pessoas de educação diferente da nossa, com desafios que não fazem parte do nosso talento natural, e outras coisas mais, e o mais estressante mesmo é quando você precisa se manter em um trabalho, no qual você não morre de amores, por uma necessidade quase que de sobrevivência.
Hoje, a situação econômica no Brasil não anda nada legal, e quem tem emprego que se segure para não cair. Isso, consequentemente gera ainda mais ansiedade no indivíduo, que precisa engolir "sapos" simplesmente pelo fato de se manter de pé.
Não só apenas esse tipo de pressão me incomoda, outras mais fazem parte desse “super pacote enlouquecedor emocional”, e um deles é o uso descontrolado das redes sociais. Inconscientemente somos levados a viver uma vida dupla, onde uma é mortal, tediosa, às vezes feia e cheia de pressões, e do outro lado, a vida é “imortal”, onde somos poderosos, independentes, alegres e lindos. Sendo assim, as pessoas da vida real acabam nos lançando cobranças irreais, pelo simples fato delas não saberem mais distinguir a vida como ela é, da vida criada no mundo fantástico de "Bob". Para ser honesta, as pessoas estão perdendo a noção do que é verdadeiro e o que é desejo ilusório em ter uma verdade criada à custa do inconsciente coletivo. Consegue entender o monstro que estamos alimentando?
Tem dias que acordo num desânimo sem fim, e às vezes ele acontece mais de dois ou três dias seguidos. Peço a Deus que me dê um coração agradecido e alegre, porque tem sido um pouco difícil tolerar essa carga pesada que nós mesmos temos criado.
Se você também tem se sentido assim, vamos fazer a oração da serenidade juntos, e que Deus nos abençoe.

“Pai, Concedei-me Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar. Coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para conhecer a diferença entre elas.

Viver um dia de cada vez. Desfrutando um momento de cada vez.

Aceitar que as dificuldades constituem o caminho à paz.

Aceitar este mundo tal como está, e não como eu queria que fosse. Confiando que Tu acertarás tudo, contanto que eu me entregue à Sua vontade, para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida.

Que a Sua graça me baste, e que a sua vinda seja breve. Estamos com saudades de casa".

Amém.

sábado, 14 de julho de 2018

A Maior Virtude

A Maior Virtude
por Max Lucado

Uma palavra essencial que merece atenção: Obrigado!

A gratidão é uma percepção refletida dos benefícios da vida. É a maior das virtudes. Estudos vinculam a gratidão com uma variedade de efeitos positivos. Pessoas gratas tendem a ter mais empatia e a perdoarem os outros, serem menos invejosas, menos materialistas e menos egoístas.

A gratidão aumenta a autoestima e melhora relacionamentos, a qualidade do sono e longevidade. Se viesse na forma de uma pílula, a gratidão seria considerada uma cura milagrosa. Não é de se admirar que a terapia de Deus para a ansiedade inclui uma dose grande de gratidão.

O coração ansioso diz “Senhor, se eu tivesse isso ou aquilo, ou aquilo outro, eu estaria bem.” O coração grato diz “Veja, o Senhor já me deu isso e aquilo e aquilo outro. Obrigado, Deus.”

A ansiedade recusa compartilhar o coração com a gratidão. Um “obrigado” de coração sugará todo o oxigênio do mundo da ansiedade. Então, diga-o com frequência!

Minha amiga Iris me enviou este texto um dia desses e logo lembrei de um assunto parecido que postei uma vez aqui no blog sobre a ingratidão.
Senti necessidade de compartilhar esta mensagem para nós olharmos mais para cima depois de uma mirada bem cuidadosa ao nosso redor. Veja se tudo que você precisa para seu sustento não está tudo a sua disposição?! Temos essa tendência materialista de "ter" ou invés de "ser". E isso vem consumindo uma geração com o sentimento de insatisfação, onde nada está bom.
Agradeça a Deus pelas coisas que você já possui e o que vier é lucro.

Tenha um lindo dia!!
Beijos Gabi.

terça-feira, 10 de julho de 2018

O mesmo Deus de Davi



Para não perder o costume, esses dias eu andei um tanto ansiosa, e em consequência disso, a irritabilidade e um sentimento de tristeza veio junto, num pacote quase tenebroso. Detesto quando isso acontece.
Muito das vezes, por ignorância mesmo, quando a falta de controle emocional está no ápice, e as forças estão lá no chão, eu olho para envergonhada, como um filho pequeno pedindo arrego ao seu herói, ao seu pai.
Hoje eu orei a Deus para que Ele aquietasse a minha mente, que me perdoasse do meu pecado da ansiedade, da fraqueza na fé, não na fé em Deus, mas numa fé de seguir adiante, e mais uma vez Ele me ouviu. Começou falando pelos louvores, um tapa na cara, e depois com a mensagem em Salmos 51, um sacolejo intenso e muito necessário, onde Davi suplica a Deus: Olha para mim Senhor! Dizendo no versículo 2 “ Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado. Pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões, e o meu pecado sempre me persegue”. Eu luto muito, mas muito, contra essa ansiedade. Sabemos que ela é derivada da insegurança pelo futuro, e acaba produzindo em nós uma forte pressão no presente. Ela altera a nossa percepção da realidade. E ainda na minha oração, pedi a Deus que levasse esse fardo e me desse alegria e atitudes leves diante aos desafios da vida. E então, no versículo 12, Davi diz: “Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer”.
Que Deus maravilhoso! Ele que nos acolhe, nos aquece e nos enche de esperança, mesmo quando a gente faz tudo errado...
Desafio a você que está me lendo, a buscar intimidade com o Senhor. Mesmo na nossa pequenez e insignificância, Deus tem prazer em nos abraçar, nos escutar, se estivermos dispostos a nos derramarmos em espírito e em verdade.
Precisamos relembrar que Ele é poderoso, e que o nosso problema não é nada diante da sua enorme misericórdia.
(Gabriella Gilmore)

sábado, 7 de julho de 2018

Amar em silêncio




A liberdade é apenas um ponto de vista.
Enquanto eu podia gritar meus amores para você escutar, ler, debater, eu seguia livre para te amar.
Agora fui coagida a ser presa nessa cela mental, e forçada a engolir todos os meus gritos.
Não sei amar em silêncio.
Se eu pudesse voltar atrás, nunca teria criado aquele avatar, se é que isso te consola.
A vida é uma comédia de mal gosto, não é mesmo?
E essa gargalhada de palhaço me assombrará para sempre.
Parabéns, você venceu.

(Em O diário idiota de Rafaela)


terça-feira, 3 de julho de 2018

Se eu te beijasse...



Olá Introspectors!

Quero compartilhar um verso que meu amado amigo H.B Oliveira escreveu que mexeu com meu eu-lírico. 
É como se ele tivesse entrado na cabeça de Sophie du Condrey, tirado do passado as mais belas agonias de amor, e pichado com sangue nas paredes do seu coração trancado.

"Se eu te beijasse, não com meus lábios, mas com meu instinto, te afogaria, porque tudo que eu sinto é amor. Amor daqueles que dói os ossos, que perturba os sonhos, que arranca a calma. Eu posso te queimar com os meus desejos e te quebrar com meus abraços. As coisas que jorram de mim são violentas, não sei amar em paz". (H.B.Oliveira)

Aproveito para deixar o endereço de seu blog. Almas sensíveis hão de se conectar.
https://escampado.wordpress.com/

Mil beijos.

domingo, 1 de julho de 2018

O que sua perda diz sobre você?



O que sua perda diz sobre você?
Por Gabriella Gilmore

Um dia desses estávamos eu e alguns alunos sentados à mesa jogando UNO.
Toda vez que Joãozinho ganhava alguma partida, ele inflava o peito. Não dizia nada. Seu rosto dizia tudo.
Por outro lado, o Zé se irritava a cada perda. Exaltava-se, dizia nomes feios e falava mal de si mesmo em voz alta.
Numa forma pedagógica e um tanto triste, me ajoelhei, peguei nos braços do Zé, olhei bem em seus olhos e disse:
- Zé, escuta. Há algo bom na perda, sabia? Porque a forma como a encaramos diz muito sobre nós mesmos. O que você se mostrou agora? Uma pessoa de baixa autoestima e impaciente. Como podemos resolver isso?
Zé ficou pensativo por alguns segundos e depois me abraçou.

Muito das vezes pensamos que a criança que não sabe perder é apenas um garoto chato, mais um mau perdedor no mundo, um bobão. Porém, por trás disso tudo temos pais que cobram demais do mesmo, talvez um limite imposto por um pai ou uma mãe, que no passado também foram “maus perdedores”, não cabe dentro de sua estrutura mental e psicológica.
Portanto, se você presenciar um ato assim, pare, chame esta criança e converse com ela. Descubram quais são as suas inseguranças, você estará ajudando bastante esse futuro cidadão a ser um vencedor e apto a levar esta corrente do bem adiante.
Abraços.
Gabi.