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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Eu e Clarice.



Nossa, hoje me bateu uma saudade da Clarice!
Eu acessei minha conta no RL esperançosa de ver alguma postagem sua nos “últimos textos por autor”. Suspirei.
Suspirei porque minha ficha caiu rapidamente, me fazendo lembrar que não vivi em sua época.
Dai fiquei me perguntando: Será que Clarice escreveria para o Recanto das Letras? Será que ela responderia meus contatos? Será que eu teria a chance de tê-la conhecido pessoalmente?
São tantas perguntas... Nunca terei as respostas.
Lembro uma vez quando assisti sua entrevista na TV Cultura, nessa mesma noite, tive um sonho muito real com ela.
Acordei muito triste, porque na verdade eu queria ter ficado presa naquele sonho, sabe como é.
E naquela manhã, quando eu estava na fila da lotérica, me deparei com uma senhora na fila preferencial, A CARA DA CLARICE. Morri. Eu olhei, desviei o olhar, depois olhei de novo, tipo assustada.
Eu quase morri.
Parecia uma visão.
Até hoje não sei dizer se realmente vi aquela senhora “clone” de Clarice, ou se foi apenas minha imaginação.
Ah, como eu queria ter vivido na época de Clarice, só para ter um pouco de chance de tê-la conhecido.
O mais próximo de Clarice que consegui chegar foi assistindo a peça de teatro da Beth Goulart, que inclusive foi fantástica.
Que saudades... Que saudades...
Suspirei de novo.
“Lis e Peito, em latim”. Disse ela.
Lispector em mim.

domingo, 17 de junho de 2018

Copa 2018 - descontentamento e empolgação




por Gabriella Gilmore

Olá Introspectors.
Muitos estão me criticando devidos alguns posts de descontentamento referente à copa deste ano que tenho feito nas minhas redes sociais.
Não que eu deva alguma satisfação a vocês, entretanto eu gostaria de deixar uma reflexão aos meus leitores.
Não espero que todos concordem, afinal, este é o meu descontentamento, e não o seu.
Um dos maiores motivos da minha “des-empolgação” é a preguiça que eu tenho quando se refere à hipocrisia e inconsistências.
Sinto muito, mas eu nunca esquecerei o 7x1 em 2014.
O problema não é o fato de termos perdido, mas como nós perdemos.
Eu digo “nós”, porque até então meu coração brasileiro batia em sincronia com a da população e os jogadores, mas hoje, estou de luto.
Já reparou que a população brasileira só se torna patriota de 4 em 4 anos? Hahahah Eu preciso rir. Isso tudo é para se mostrarem nas redes sociais um falso patriotismo, sorriso forçado para as câmeras, um gasto a mais com cervejas e petiscos, e ostentar uma segurança financeira que não existe.
Depois do fogo da copa, voltamos a falar mal do Brasil com o orçamento apertado.
Outro motivo é a supervalorização que damos aos jogadores de futebol.
Ah francamente! Gurizada de baixa educação que acabam ganhando rios de dinheiro.
Dai o seu filho/neto vai querer ser quem quando crescer? Oras! Querem ser como Neymar!
“Ah Gabi, mas a maioria deles tem fundação e ajudam crianças carentes...”
AHAHAH Fazem mais do que o dever deles a sociedade, eis minha resposta nua e crua!
Quantos educadores e formadores de cidadãos se entregam em salas de aula para tentar formar pessoas dignas, estão ai fazendo coleção de doenças emocionais e ganham um salário injusto?? Alguém já ouviu alguma criança dizer que quer ser um Darcy Ribeiro, Heitor Villa-Lobos, Cecilia Meireles, ou Rui Barbosa e Clarice Lispector? Você já? Aposto que já escutou apenas um desses nomes, né? Pois é gente, eis ai uma das inconsistências desse falso fogo que eventos como a copa me trás.
Os valores continuam se invertendo e ninguém se incomoda mais.
O engraçado é que todo mundo está vendo isso diante dos olhos, mas o excesso de informação e tecnologia está matando o nosso senso crítico, pois ninguém tem mais tempo e paciência para refletir.
Estamos virando robôs.
Falamos sobre coisas superficiais, compramos coisas que não precisamos, vivemos um personagem em nós que não existe, e nem lembramos mais como se canta o Hino Nacional...
E em 2018, sabe quem está acompanhando aos jogos da copa? Um monte de máquinas, fantoches, melhor dizendo, que simplesmente seguem o fluxo, marchando rumo a um futuro onde as bases estão fundamentadas em desinformação, falta de educação, cultura e senso de pertencimento a uma pátria.
Contudo, você que me leu hoje, não se encaixou em nada que expus nesse texto, o meu muito obrigada! Você ainda é um ser humano.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Repúdio a Karl Marx




Sou estudante de História, mas nunca consegui compreender a simpatia que meus professores tem pelo socialismo e suas ideologias.
É muito bonito você querer dividir as coisas em busca de uma "sociedade" igualitária, onde todos possuem as mesmas coisas, desde posses ao conhecimento.
Impossível!
Até porque, somos pessoas diferentes, com sonhos, atitudes, energias diferentes.
Uma vez ouvi o termo "meritocracia" pela primeira vez, e logo ela passou a fazer sentido para mim na política.
Obviamente precisamos ter oportunidades para fazer com que o nosso mérito nos leve adiante, e isso existe tá? Só que o ser humano a cada ano que passa, fica mais vagabundo, preguiçoso e esperto, e não faz muito por onde correr atrás de suas metas, porque estão aprendendo a viver do fácil.

Não quero filosofar muito agora, pois o vídeo que estou compartilhando completa muito o pensamento que eu simpatizo, e reforço o meu apoio para um governo menos burocrata, que ajuda as empresas privadas a gerar empregos, consequentemente riquezas.

Beijos mil.

sábado, 2 de junho de 2018

A invenção do mundo contemporâneo



Boa noite professor.

Estou aqui filosofando em cima do texto "A invenção do contemporâneo", do conteúdo da aula desta noite, quando fala que todos nós somos iguais.
Tenho dificuldade de entender isso. Eu compreendendo que temos direitos iguais, mas que somos iguais eu acho um tanto complicado digerir este raciocínio. Não tenho o pensamento negativo de que o fato de sermos diferentes, seja a causa do mundo estar o caos em que se encontra. Fico imaginando aqui se realmente nascêssemos todos iguais, com as mesmas posses, nas mesmas posições sociais, com formação "superior", em resumo, todos ricos. Ai vem aquela pergunta boba e um tanto tendenciosa: quem cuidaria do nosso jardim? Ou quem lavaria as nossas roupas, cuidaria de nossas casas, ou de nossos filhos enquanto estamos lá fora sendo "ricos"?
Acredito que o mundo está da forma que deveria estar. Creio que a ascensão social está mais para o mérito pessoal do que a hereditariedade está para os privilégios. E olha que nem estou usando uma visão teológica para explicar as mazelas da vida, hein?
É muito simples justificar a nossa miséria usando apenas o “fruto do meio” como responsável por nosso “Status” social. Sou fruto de colégio estadual. Nunca tive dinheiro para estudar em colégios privados, ou ter acesso cedo às tecnologias como nós temos hoje.  Na minha casa as coisas aconteceram de forma muito, mas muito lentas. Eu, por mim mesma, sempre tive vontade de ser gente, e isso fez com que eu me afastasse de coisas que me influenciariam a ser “bicho” e fez com que eu corresse atrás dos meus sonhos. Hoje, tenho habilidades com as tecnologias e adoro estudar. Foi fruto do meio? Não e não. Foi mérito! E o meu exemplo ainda não é nada, porque conheço pessoas que lutaram muito mais que eu e hoje são ícones intelectuais, médicos, promotores... Às vezes tenho a inocência de pensar que somos exatamente o que queremos ser. E ai, vai querer ser gente ou bicho? Brincadeira! rs

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Cuidado com o sistema!


Olá Introspectors!
Estava fazendo uma atualização nos meus textos publicados no RL e achei pertinente repostar este texto abaixo.
Estamos em um ano de eleições e precisamos nos colocar de pé sobre algo que realmente importa ao bem comum. Vote consciente.
O nosso futuro depende de você, de mim, de todos nós.




ATENÇÃO AO SISTEMA (?)  por Gabriella Gilmore 18/11/2008

... simplesmente, com um olhar vago e vazio, ele tira a arma do paletó e atira contra o peito; mas as pessoas desesperadas atrás de uma bolsa que não sabe se sobe ou se desce, não percebem que uma vida vale mais do que um mísero valor de um “pregão”.
Uma vez me questionaram se eu comia para viver, ou se eu vivia para comer, e confesso que foi a primeira frase filosófica que ouvi na vida, pois ela me fez parar tudo e refletir em uma resposta. Cheguei a uma conclusão, de que realmente estava vegetando. Eu acordava, lanchava, deitava em frente à tv, comia, voltava, dormia... Uma vida ridícula e sem sentido. Quando percebi, já estava com 20 kg acima do peso normal.
Pessoas se matando por pouco ou por felicidade momentânea. Uns tirando a vida do outro por dinheiro e outrem por falta dele. Uns trabalhando feito cão por uma merreca no fim do mês, outros fazendo quase nada e ainda ganham se vangloriando do salário pomposo, já outros roubam daqueles que pouco tem.
Sei que não vou comover ninguém aqui falando de justiça e pedindo por ela; talvez eu não possa fazer muito para melhorar esse sistema nojento e deturpado no qual estamos, mas sei que posso fazer algo para meu mundinho, para meu círculo de queridos; levando um pingo de otimismo, de luz, porque creio que somos regidos por forças, e tendo consciência disso, tento plantar fé e esperança no futuro, porque uma coisa eu tenho aprendido: nem o hoje me pertence por completo, quem dirá o amanhã.
A bolsa está caindo?
Cuide-se para não cair também.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Brasil Verde e Amarelo



Eu posso estar enganada, mas a faculdade de História está mudando o meu sentimento de #Brasil que existia em mim. Espero poder fazer alguma coisa por este país que eu tanto "desprezei". Nunca é tarde para reconhecer a própria ignorância.
Bom final de semana a todos, pessoal!!

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Precisamos falar sobre "O paradigma Educacional Emergente".



Por Gabriella Gilmore

Lendo o artigo “O PARADIGMA EDUCACIONAL EMERGENTE” de Maria Cândida Moraes, me fez questionar sobre esse novo paradigma pedagógico que implica o ato de pensar, de construir suas ideias e forma de aprendizado, tirando um pouco o papel “autoritário” e dono do saber (o professor), e passa a deixar esta responsabilidade para o aprendiz. Houve trechos onde a autora diz: “É necessário levar o indivíduo a aprender a aprender, traduzido pela capacidade de refletir, analisar e tomar consciência do que sabe, dispor-se a mudar os próprios conceitos, buscar novas informações, substituir velhas “verdades” por teorias transitórias.” O que será que ela quis dizer? Que não existem mais “verdades”? Uma árvore hoje é verdadeiramente uma árvore, será que amanhã essa verdade se tornaria outra? Isso nos faz pensar um pouco sobre a inversão de valores. O que vocês pensam sobre isso? Como será a sociedade “sem freios”, sem “verdades”, sem um “norte” daqui algumas décadas? Como inspirar alunos sem ter uma direção? Afinal, não existe mais “um caminho”, existem vários. Houve momentos também em que ela cita: “É um novo modelo de escola que derruba as suas paredes, que salta além de seus muros, revelando um aprendizado sem fronteiras, sem limites de idade e pré-requisitos burocráticos.” Ok, essa ideologia é parece fantástica, mas como você ensinaria em uma classe de alunos com diversas idades, maturidade, experiências? Normalmente o aluno avançado, fica inquieto ao ter de esperar o colega que ainda está alcançando o conhecimento. É como se fosse desmotivar o aluno que já está à frente. Seja pela idade, pela oportunidade. Mas seria sábio uma escola matar alunos com potenciais adiantados, para igualar a educação em uma só? Eis ai um dilema a se pensar, por que se esta for a nova agenda escolar, talvez muitos gênios serão abortados bem no meio do caminho.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

SUPERMERCADO LADRÃO

Preço no produto é uma coisa e no sistema é outro, e bem maior.

Bom dia meu povo!
O post de agora está bem indignado.
Não dou "sorte" em fazer compras em supermercados. Ou isso só acontece comigo, ou então estamos vivendo realmente num sistema de roubo mais sutil "ever".
Uma vez, fazendo compras em uma grande rede de supermercados do Brasil, eu e minha irmã nos assustamos quando vimos a conta. A gente costuma calcular tudinho quando colocamos os itens no carrinho para evitar estresse, dai nesse dia fizemos o barraco. A moça do caixa chamou o supervisor para ver qual era o valor que estava na plaquinha, e realmente estava diferente do que estava lançado no sistema. Pedimos para cancelar o produto e fomos embora. (Propaganda enganosa é crime?)
Minha irmã havia dito que isso já aconteceu antes, e era por isso que sempre levava a calculadora em mãos.
Hoje, resolvi comprar em um supermercado popular aqui de Brasilia, já que eu precisava de um pó de café melhor, decidi andar um pouco mais. (Pois eu tenho comprado só no mercadinho novo que abriu, inclusive a economia é ótima). Passei raiva. Dai percebi que isso deve ser "mal" de supermercados mesmo que querem roubar do cliente na calada. Muita gente não tem o hábito de fazer os próprios cálculos, dai não percebem a lesão, mas isso tem acontecido comigo direto. Talvez tem acontecido com você também mas ainda não percebeu. Esse post é mais um "warning" para o cidadão brasileiro, porque roubo acontece aonde a gente menos espera. Não deixe essas coisas passarem despercebidas. Dinheiro não é capim.

domingo, 27 de outubro de 2013

O massante ENEM

O post de hoje é uma crítica ao sistema de avaliação do Brasil.

Postei indignada algumas frases no meu twitter no segundo dia das provas do Enem e tive alguns retweets delas. Escutei revoltas dentro do ônibus de pessoas que também estão chateadas pelo que vou escrever a seguir e depois me atrevi a perguntar algumas coisas a algumas pessoas que estavam na mesma sala que eu. O descontentamento foi quase geral.

Há algumas coisas que não entendo nesse país e vou citar abaixo:
# Pré-vestibular caríssimo
# Prova de Vestibular ou Enem
# Faculdade Federal (só para ricos) porque os pobres acabam pagando a particular. (OI?)
# Cota para indígenas e negros. (Tem coisa mais discriminante que isso?)
# Prova para passar em concurso público para trabalhar no S.U.S ou como Gari (?)

Bora lá.
Seguindo a ordem das minhas queixas, acho ridículo o pré-vestibular ser tão caro como uma escola particular. Se uma pessoa não tem condições financeiras para pagar o cursinho, consequentemente terá menos chances de passar numa Faculdade Federal.
As provas de Vestibulares e Enem são extensas, cansativas e faz com que a gente acabe errando os exercícios do final do teste por conta do cansaço, isso se a pessoa não perder o fio da meada no final da leitura dos anunciados E-NOR-MES.
A maioria das pessoas que estão nas Universidades Federais são pessoas que tiveram formação escolar em redes particulares ou grana para ter pago o preparatório. Salvo aquelas pessoas que os pais incentivavam o estudo pesado para sua entrada numa faculdade desde pequeno.
Cota para indígenas e negros, como se eles fossem de outra espécie ou alguém mais especial que outras pessoas só por conta da etnia. Me expliquem por favor o porquê disso. Assistentes sociais, oi?
Quero trabalhar como auxiliar de dentista no S.U.S ou como Gari e preciso passar em alguma prova para isso? Acontece que a maioria dos concursados do ensino médio se acham melhor do que qualquer outro trabalhador, só porque passou numa prova. Para mim, esse pessoal do serviço público deveria trabalhar até mais que os professores e médicos.
Tudo errado!

Oh presidente! A entrada nas Universidades deveriam ser para aqueles que realmente gostam de estudar, que gostam de aprender, e não para quem tem dinheiro ou passou numa prova de 4384894 questões. Sei que não haveria faculdades para todo mundo se isso fosse algo muito acessível, mas provas com 180 questões chega a ser um insulto. As pessoas saem dos locais das provas chateadas, ansiosas, e se sentindo o ser humano mais burro do mundo porque acabou chutando um monte de exercícios.
Quer avaliar o conhecimento? Ok. Porém, reavalie o tamanho dos testes. Pesquisem. Pergunte o povo o que acham, como poderia ser e o que seria mais viável, porque hoje eu sai convencida de que não sou a única a achar estúpido o sistema de avaliação desse país, ou seja: o problema não está só em mim.
Acorda BraZil.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Brasília, sua linda!



Uma vez li um texto de Clarice falando sobre a capital. Eu ainda morava nas Minas Gerais, e só conhecia BSB pela TV e por um breve momento que estive aqui em 2001, ainda adolescente.
Fiquei tentadíssima para escrever uma crônica falando do que tenho achado desta cidade tão excêntrica e tão única.

Brasília é uma cidade para se conhecer em um passeio turístico e com um guia que saiba com detalhes cada monumento que ela possui. Nem mesmo os nascidos ou criados aqui sabem o tesouro cultural e de inteligência que ela tem. Depois disso, tire mais ou menos um mês de férias para você continuar a entender suas quadras, superquadras, tesourinhas e vias de acesso como W3 sul/norte, L2 sul/norte. Quem? Pois é.
Nos primeiros meses eu fiquei de cabeça doendo.
O clima seco, juntamente com suas ruas sem nome incrivelmente iguais uma das outras, me deixavam louca. Depois fui percebendo que esta culta cidade é lógica matemática pura. Me apaixonei.
Em seis meses eu já conseguia me deslocar aqui com mais facilidade e até comecei a sentir saudade de como é se perder.
Uma vez, tive crise de pânico dentro de casa no Cruzeiro. Precisei sair para a rua para descarregar a explosão de energia que brotava de dentro de mim. Peguei Matilda (minha Caloi) e fui correr dentro do bairro. Em uma hora eu rodei três bairros.
Não me perdi.
As quadras por terem sequência numérica facilita a vida dos brasilienses/candangos/aventureiros.
A única coisa que me faz perder por aqui é o seu céu.
Quase sempre limpo e muito azul, você consegue nadar nele sem ficar com os olhos vermelhos e de cabelo duro.
O nascer do sol é estupendo. O céu começa num laranja clarinho até ficar azul bebê. A grama verde que tem por toda a cidade, monta perfeitamente a bandeira do Brasil.
Para quem nunca viu um céu rosa ou lilás escondido no rosa, pode esperar o por do sol para você entender o que estou falando. Não. Eu não uso drogas.
Na noite, você estica as mãos e rouba uma estrela. E a lua com sua sedução toda te engole num piscar.
Cidade da natureza.
Às vezes acho que há uma cidade dentro de um parque, e não ao contrário.
Comecei a fazer coleção de árvores aqui. São tantas, tantas! Nunca consegui fotografar todas, e nem vou.
Brasília é tão astuta que às vezes fico com vergonha de mim.
Eu ando em algum lugar e me deparo com um concreto aparentemente sem explicação, mas sei que se eu tivesse escutado melhor o guia turístico lá no início desse texto, eu entenderia. Porém acho que o mistério dessa cidade está nisso, em te deixar absorta.
BSB tem uma coisa de que não acho graça. O povo e a comida.
“Ow, me vê um prato típico de Brasília?” Ixxi, não tem. “Qual é o sotaque do brasiliense/candango?” Abafa que também não tem.
Aqui você vê muito nordestino, goiano, mineiro, e outros. Brasiliense que é bão, nada.
Você só consegue ter contato com eles no trabalho. Fora isso todo mundo some. Nunca consegui pegar uma caneca de açúcar com minha vizinha do prédio. Será que vive alguém ali mesmo?
As pessoas aqui devem ter medo de gente. Só pode.
Entretanto Brasília é moderna e ousada, apesar de ter essa população fechada e individualista. É quadrada, às vezes oval, de concreto e cimentada. É Nova Orleans, Paris e Saturno. É um museu de arte contemporânea em área aberta. É logica, e nos ensina a caminhar um pouquinho, justificando aqui seus “quarteirões” enormes e distantes um dos outros. Foi inspiração de vários artistas e ainda tem mexido com muita gente, perpetuando-se. É Brasília, sua irreverente! Sua linda!!!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Penalidade para qualquer idade.





Estava lendo um artigo de Eliane Brum que uma amiga blogueira me mandou. O texto fala sobre a redução da maioridade penal.
Brum expressou com louvor o que acha sobre essa “justiça” nova no país, e fez com que eu externasse o que penso a respeito.
Eu sou a favor da nova lei. Na verdade, acho que qualquer crime deveria ser julgado independente da idade. Se a pessoa é capaz de cometer tamanha violência, consequentemente ela tem que arcar pelas consequências.
Diminuir a maioridade penal para os 16 anos só vai fazer com que as pessoas abaixo dessa idade se sintam “protegidas” para praticar delitos, e assim por diante.
É claro que só a punição não resolveria muita coisa. Enjaular qualquer indivíduo e deixa-lo a maus tratos só traria mais revolta. Precisamos de instituições que ajudem na reabilitação desses infratores. Presídio no Brasil acaba sendo apenas depósito de pessoas desajustadas. Elas precisam de ajuda, e não de isolamento.
Concordo que o governo peca e muito no quesito educação/escola, e a pessoa sendo fruto de um meio totalmente caótico faz com que ela seja apenas um reflexo do que vivencia. É como se fosse algo passado de geração a geração. Filho de criminoso torna-se criminoso (?).
Talvez, futuramente, eu possa mudar meu ponto de vista, e concordar com a autora e com a minha amiga do (Incenso de Pitanga), mas como eu e milhares de pessoas fomos vítimas de jovens criminosos, acho que por enquanto isso é um pouco justo e me sinto atrevida em sugerir uma penalidade para qualquer idade. É muito difícil alguém matar ou roubar sem querer. (A não ser que tenha problemas mentais). E se o único jeito de pesar na consciência dessas pessoas é aplicando tais leis, que sejam para todos. Eu disse: To-dos. Instruam-me se eu estiver equivocada.