terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Apologia ao racionamento de água




Em frente a um bar, o dono lavava o chão tranquilamente.

- Me desculpe o comentário, mas eu não vejo ‘vida’ ai. Comenta uma jovem encostada numa árvore enquanto descascava sua maçã.
O senhor sem entender, fez um som com a garganta que pareceu um rosnado. Do que está falando minha jovem?
- Dessa água toda que o senhor está desperdiçando. Se fosse um jardim, até te entenderia, mas o chão? Ainda mais com essa ameaça em que estamos vivendo sobre não ter mais água potável no futuro…
- E vou deixar o bar sem limpar? Não dá pra receber clientes com o ambiente sujo.
- Eu sei, mas amanhã quando o senhor não tiver mais essa água ai nem para beber, serão dois problemas: a sujeira e a sede. Credo. Realmente não quero estar aqui.
- Olha só, eu acho muito bonito uma moça tão jovem com essa mentalidade filosófica, mas deixe-me trabalhar.
- Ok. Como o senhor quiser.

(…)

- Quer saber? Todo mundo lava a calçada, seus carros e coisas assim, por que EU tenho que economizar?
- Rá!! Sabia que iria questionar isso. Mas pensa bem, se todos continuarem pensando assim, com o umbigo, o amanhã vai chegar mais depressa, e ai? CO-MO-FAZ?
- Você tem razão. Disse ele desligando a torneira e pegando uma vassoura para continuar limpando o lugar. E agora que somos dois com esse seu racionamento, acredita que teremos força para economizar mais?
- Vou te contar um segredinho. Disse ela se aproximando. Só basta você influenciar mais uma pessoa. A corrente faz o resto.
- De onde veio essa garota? Ele se perguntou.

photo by Gabriella Lima

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

No more


... because of you I won't be able to fall in love with anyone no more.

http://gabriellalimaus.wordpress.com

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Gabriella at Wordpress

For those who follow me at Introspectors, I'd like to invite you to check my new english version webblog.
There's more in this heart than darkness.
There's hope!


Pulse, for those who believes.
http://gabriellalimaus.wordpress.com

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Run Honey, run!


Ela queria saber de mim
Mas eu neguei me abrir
Depois percebi que eu era seu espelho
E ela gritava para eu não partir

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Escola de inteligência


Projeto Escola de Inteligência

O Projeto Escola de Inteligência, criado pelo renomado psiquiatra, pesquisador e escritor Dr. Augusto Cury, faz parte do Instituto Academia de Inteligência. É formado por uma equipe multidisciplinar altamente especializada no processo do funcionamento multifocal da mente e, tem como principais metas: a formação de pensadores, o desenvolvimento da inteligência, a formação da personalidade e a melhoria da qualidade de vida.
As escolas de ensino tradicional, fundamental básico II e médio integrarão o projeto em suas grades curriculares, a ser desenvolvido dentro de 1 (uma) hora/aula semanal, podendo ser inserido na carga horária de uma disciplina já existente, como, Religião, Filosofia, Ética, Sociologia, temas transversais, etc.
Objetiva:
• Desenvolver as funções mais importantes da inteligência como; pensar antes de reagir, colocar-se no lugar dos outros, trabalhar perdas e frustrações, libertar a criatividade, formar pensadores, proteger a emoção, gerenciar pensamentos, consolidar a auto-estima, desenvolver a consciência crítica, Formar pensadores, elaborar sonhos e projetos de vida e adquirir resiliência às intempéries sociais
• Estimular o treinamento do caráter: perseverança, honestidade, espírito empreendedor, debate de idéias, disciplina, tolerância, liderança, solidariedade, capacidade de recomeçar, educação para o trânsito e educação para o consumo.
• Fornecer ferramentas para prevenir transtornos psíquicos: insegurança, fobias, ansiedade, agressividade, sentimento de culpa, falta de transparência e uso de drogas.
• Enriquecer as relações interpessoais através do diálogo, do debate de idéias, da educação para a paz e do trabalho em equipe.

É pioneiro na promoção da saúde emocional e da prevenção de doenças psíquicas,com programa de capacitação dos professores, acompanhamento pedagógico durante a aplicação, e material de apoio pedagógico apostilado ricamente ilustrado, contendo histórias com vertentes psicológicas, sociológicas, filosóficas, idéias de múltiplos pensadores, informações relevantes sobre temas do cotidiano, apresentando uma dinâmica que estimulará a arte da interiorização, da observação, da consciência crítica e do debate de idéias.
Nossa preocupação
O cenário do mundo pós-moderno apresenta um progresso surpreendente na comunicação, no entretenimento, na democratização do conhecimento, na liberdade de expressão e nunca se ouviu falar tanto em qualidade de vida. Mas qual é o espetáculo que estamos assistindo?
Infelizmente, ainda com todos os avanços no cenário social e tecnológico, a peça é decepcionante. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos próximos 20 anos, a depressão deve se tornar a doença mais comum em todo o mundo. Ainda, atualmente, 20% dos adolescentes sofrem de depressão, e ainda mais, Institute for Social Research, da Universidade de Michigan afirma que 50% da população mundial teve ou vai desenvolver algum tipo de transtorno psicológico durante a vida como; fobias, estresses, ansiedades, anorexia nervosa, transtornos de conduta, entre outros. Como reflexo deste quadro, em um importante Congresso na Califórnia com o tema “Como preparar a juventude para o século XXI", constatou-se por meio de pesquisas, que aproximadamente 30% dos jovens americanos não se tornam cidadãos produtivos porque não se sentem bem consigo mesmos . Esse número é ainda maior em países subdesenvolvidos como o Brasil.
Os teatros escolares são grandes responsáveis pela formação da personalidade, pelo desenvolvimento da inteligência e pela construção de pensadores, preparando-nos não apenas para conhecer o mundo em que vivemos, mas também o mundo que “somos”. Devem ser o ambiente onde aprendemos a conviver e a respeitar as diferenças de pensamentos, cor, religião, posição social. Mas o atual quadro é decepcionante: mais de 45% dos estudantes brasileiros já sofreram algum tipo de violência dentro da escola, seja ela verbal ou física, segundo estimativa do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar (Cemeobes).
Os dias atuais e o caminho que estamos traçando são de fato preocupantes. Estamos diante de uma massa de jovens agitados, desmotivados a conhecer, a questionar, a formar suas próprias opiniões e debaterem ideias. Vivendo cada vez mais voltados ao mundo virtual, os jovens assistem, em média, 4 horas, 50 minutos e 11 segundos por dia de programação televisiva, tornam-se os principais alvos das propagandas de consumo. Segundo pesquisa elaborada pelo Instituto Akatu, com base em estudo realizado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) com jovens de 24 países dos cinco continentes, os jovens brasileiros estão no topo dos mais consumistas, à frente de jovens franceses, japoneses, argentinos e americanos, mas nem de longe são mais felizes, como mostram os dados sobre a depressão.
Os relacionamentos entre pais e filhos, professores e alunos, e entre amigos estão cada vez mais superficiais. Os jovens encontram dificuldade para dividirem suas histórias e lágrimas. Estão presencialmente ligados, porém emocionalmente mais distantes. É necessário que nos adaptemos aos avanços tecnológicos sem perder de vista a sensibilidade humana.
Pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em dezesseis cidades brasileiras mostrou que 58% dos garotos e garotas de 12 a 14 anos fizeram uso de drogas pelo menos uma vez na vida. Segundo estudos do Instituto Nacional de Políticas do Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo, a dependência do álcool aumentou 30% entre homens e 50% entre as mulheres no Brasil em relação a dez anos atrás. E outros estudos mostram que em quatro anos o consumo de drogas anorexígenas cresceu 100% .
Estatísticas como essas são realmente alarmantes. A peça que estamos encenando e as próximas que assistiremos devem ser o incentivo para que nos tornemos ativos na mudança desse roteiro, colaborando para que nossos jovens transformem-se em líderes e atores principais no teatro social, com saúde emocional e projetos de vida. Sabemos que as escolas e os educadores almejam a mudança dessa realidade, mas têm dificuldades de encontrar meios eficazes para que isto aconteça.
Queremos estar juntos com as instituições de ensino para ajudar a escrever um novo roteiro no teatro da educação, pois é nele que desenvolvemos as características mais importantes para o desempenho do nosso papel no teatro da vida. Hoje são nossos alunos e filhos, amanhã serão eles os responsáveis pelos principais papéis que decidirão o futuro da nossa sociedade, do nosso planeta.

Vantagens
• Capacitação dos professores que aplicarão o projeto, com profissionais altamente capacitados nas áreas de psicologia, psicopedagogia, psiquiatria, entre outros, debatendo temas que envolvem o funcionamento básico do teatro da mente humana, a construção das ferramentas fundamentais para a formação de pensadores e o método de aplicação do projeto.
• Cada aluno receberá juntamente com o professor, material pedagógico apostilado ricamente ilustrado, contendo histórias com vertentes psicológicas, sociológicas, filosóficas, abrangendo idéias de múltiplos pensadores e informações relevantes sobre temas do cotidiano. Tudo isso com uma dinâmica que estimulará a arte da interiorização, da observação, da consciência crítica e do debate de idéias.
• Assistência pedagógica durante a aplicação, de modo a favorecer a aproximação da equipe do projeto com a instituição educacional, tornando-se parceiros na educação para vida e na formação de pensadores.
• Assistência permanente através de Call Center e via e-mail, dando suporte para a instituição de ensino.

Apesar da sua complexidade o projeto foi elaborado para ser praticado e assimilado de maneira simples e encantadora. Precisamos colaborar para que os nossos jovens tenham saúde emocional, projetos de vida e sejam atores e líderes no teatro social.
Investimento:
R$ 8,33 (oito reais e trinta e três centavos) ao mês por aluno, durante os 12 meses do ano.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Shine, escola de inglês



Matrículas abertas 2010

Venha aprender inglês na escola Shine!
Inglês para todas as idades, material acessível, aulas multimídia, salas climatizadas, horários aos sábados, preços especiais e um diferencial: Uma aula a mais como laboratório e o preço continua o mesmo.

Venha conhecer o nosso 'castelinho' que fica no bairro Grã-Duquesa, Av. Lisboa 355.
Maiores informações:
33-3275-0770

Visite nossa comunidade no orkut.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Assim...



Muito das vezes corremos riscos inúteis.
Passamos por ruas escuras, pessoas correndo enquanto discutem ao telefone e você pára pela primeira vez para observa-los, para se observar.
De repente começa a rir porque tudo aquilo que você andava fazendo não iria te levar a nenhum lugar.
O mundo é falso.
Mesmo tarde, você sabe que pode refazer alguns passos e faz.
Esse ano novo! Nossa, como esse 2010 já começou me inspirando!!!
Em compensação, como base de um equilíbrio, vou fazer tudo de outra forma e dessa vez acreditando que vai funcionar.
Esse ano é meu, e você? Qual foi seus votos?

Feliz ano novo!

Visitem meu canal no youtube:
www.youtube.com/roxy22star

e meu blog de crônicas One Tree Hill
www.lancesdavidacronicas.blogspot.com

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

ENTREVISTA A HOWARD GARDNER




Para o Pesquisador norte-americano, autor da Teoria das Inteligências Múltiplas, no século XXI a ética vai valer mais que o conhecimento.

Howard Gardner, que se dedica a estudar a forma como o pensamento se organiza, balançou as bases da Educação ao defender, em 1984, que a inteligência não pode ser medida só pelo raciocínio lógico-matemático, geralmente o mais valorizado na escola. Segundo o psicólogo norte-americano, havia outros tipos de inteligência: musical, espacial, linguística, interpessoal, intrapessoal, corporal, naturalística e existencial. A teoria das Inteligências Múltiplas atraiu a atenção dos professores, o que fez com que ele se aproximasse mais do mundo educacional.
Hoje, Gardner tem um novo foco de pensamento, organizado no que chama de cinco mentes para o futuro, em que a ética se destaca. "Não basta ao homem ser inteligente. Mais do que tudo, é preciso ter caráter", diz, citando o filósofo norte-americano Ralph Waldo Emerson (1803-1882). E emenda: "O planeta não vai ser salvo por quem tira notas altas nas provas, mas por aqueles que se importam com ele".
Além de lecionar na Universidade de Harvard e na Boston School of Medicine, ele integra o grupo de pesquisas Good Work Project, que defende o comportamento ético. Esse trabalho e o impacto de suas idéias na Educação são temas desta entrevista concedida à NOVA ESCOLA em Curitiba, onde esteve em agosto, ministrando palestras para promover o livro Multiple Intelligences Around the World (Inteligências Múltiplas ao Redor do Mundo) ainda não editado no Brasil.

NOVA ESCOLA: A Teoria das Inteligências Múltiplas causou grande impacto na Educação. Após 25 anos, o que mudou?
HOWARD GARDNER: Durante centenas de anos, os psicólogos seguiam uma teoria: se você é inteligente, é assim para tudo. Se é mediano, se comporta dessa maneira todo o tempo. E, se você é burro, é burro sempre. Dizia-se que a inteligência era determinada pela genética e que era possível indicar quão inteligente é uma pessoa submetendo-a a testes. Minha teoria vai na contramão disso. Se você me pergunta se minhas ideias tiveram impacto significativo, eu digo que não. Não há escolas e cursos Gardner, mas pessoas que ouvem falar dessas coisas e tentam usá-las.

N.E: As escolas têm dificuldade em acompanhar mudanças como essa?
G: As instituições de ensino mudam lentamente e estão preparando jovens para os séculos 19 e 20. Além disso, os docentes lecionam do modo como foram ensinados. Mesmo que sejam expostos a novos conhecimentos, é preciso que eles queiram aprender a usá-los. Se isso não ocorre, nada muda.

N.S: Como sua teoria pode ser incorporada às propostas pedagógicas?
G: No livro Multiple Intelligences Around the World, lançado este ano, diversos autores descrevem como implementaram minhas ideias. Enfatizo duas delas: a primeira é a individualização. Os educadores devem conhecer ao máximo cada um de seus alunos e, assim, ensiná-los da maneira que eles melhor poderão aprender. A segunda é a pluralização. Isso significa que é necessário ensinar o que é importante de várias maneiras - histórias, debates, jogos, filmes, diagramas ou exercícios práticos.

N.S: Como fazer a individualização do ensino numa sala com 40 estudantes?
G: Realmente é mais fácil individualizar o ensino numa sala com dez crianças e em instituições ricas. Mas, mesmo sem essas condições ideais, é possivel: basta organizar grupos formados por aqueles que têm habilidades complementares e ensinar de modos diferentes. Se o professor entende a teoria, consegue lançar mão de outras formas de trabalhar - como explorar o que há no entorno da escola. Se ele acredita que só com equipamentos caros vai conseguir bons resultados em sala de aula, não entendeu a essência do pensamento.

N.S: A lista de conteúdos está cada vez maior. Como dar conta do programa e ainda variar a metodologia?
G: É um erro enorme acreditar que por termos mais a aprender, necessitamos ensinar mais. A questão central é que várias coisas que antes tinham de ser memorizadas agora estão facilmente disponíveis para pesquisa. Colocar uma quantidade cada vez maior de informação na cabeça da garotada é um desastre. Infelizemente, essa é uma prática comum em diversos cantos do mundo. Depois de viajar muito, posso afirmar que o interesse de diversos ministros da Educação é apenas fazer com que seu país se saia bem nos testes internacionais de avaliação. E isso é ridículo.

N.E: Qual a sua avaliação sobre a Educação brasileira?
G: Acredito que, se o Brasil quer ser uma força importante no século 21, tem de buscar uma forma de educar que tenha mais a ver com seu povo, e não apenas imitar experiências de fora, como as dos Estados Unidos e da Europa. O país precisa se olhar no espelho, em vez de ficar olhando a bússola.

N.E: Sua teoria inclui um método adequado de avaliá-la?
G: Gastamos bilhões de dólares desenvolvendo testes para medir o nível em que está a Educação, mas eles, por si só, não ajudam a primorá-la - simplesmente nos dizem quem está melhor ou pior. Para saber isso, basta olhar para as notas. A diferença dos testes de inteligências múltiplas é que é necessário aplicá-los somente naqueles que têm dificuldades. Assim, podemos verificar as formas de ensinar mais adequadas a eles, ajudando todos - e a Educação, de fato.

N.E: Os testes de QI sofreram muitas críticas de sua parte. Por quê?
G. A maior parte dos testes mede a inteligência lógica e de linguagem. Quem é bom nas duas é bom aluno. Enquanto estiver na escola, pensará que é inteligente. Porém, se decidir dar um passeio pela cidade, rapidamente descobrirá que outras habilidades fazem falta, como a espacial e a intrapessoal - a capacidade que cada um tem de conhecer a si mesmo, fundamental hoje.

N.E: De que forma essa habilidade pode ser determinante para o sucesso?
G. Ela não era importante no passado porque apenas repetíamos o comportamento dos nossos pais. Agora, todos necessitamos tomar decisões sobre onde morar, que carreira seguir e se é hora de casar e ter uma família. E quem não tem um entendimento de si mesmo comete um erro atrás do outro.

N.E: Qual o desafio do mundo para os próximos anos em relação à educação?
G: Estamos vivendo três poderosas revoluções. Uma delas é a globalização. As pessoas trabalham em empresas multinacionais e mudam de país, o que é bem diferente de quando as populações não tinham contato umas com as outras. A segunda revolução é a biológica. Todos os dias, o conhecimento científico se aprimora e isso afeta a maneira de ensinar e de aprender. O cérebro das crianças poderá ser fotografado no momento em que estiver funcionando, permitindo detectar onde estão os pontos fortes e os fracos e a melhor forma de aprender. A terceira revolução é a digital, que envolve realidade virtual, programas de mensagens instantâneas e redes sociais. Tudo isso vai interferir na forma de pensar a Educação no futuro.

N.E: O livro Cinco Mentes para o Futuro aborda as características essenciais a ser desenvolvidas pelos humanos. Como isso se relaciona com as inteligências múltiplas?
G: As cinco mentes não estão conectadas com as inteligências e são possibilidades que devemos nutrir. A primeira é a mente disciplinada - se queremos ser bons em algo, temos de nos esforçar todos os dias. Isso costuma ser difícil para os jovens, que mudam rapidamente de uma tarefa para outra. Essa mente pressupôe ainda a necessidade de compreender as formas de raciocínio que desenvolvemos: histórica, matemática, artística e científica. O problema é que muitas escolas ensinam somente fatos e informações.

N.E: Como lidar com o excesso de informações a que temos acesso hoje?
G: Essa capacidade é dominada por um segundo tipo de mente, a sintetizadora. Ela nos aponta em que prestar atenção e como os dados podem ser combinados. É preciso ter critário para fazer julgamentos e saber como comunicar-se de forma sintética. Para os educadores, era mais fácil sintetizar quando usavam-se apenas um ou dois livros.

N.E: Qual é o terceiro tipo de mente?
G: A criativa. Ela levanta novas questões, cria soluções e é inovadora. Pessoas desse tipo gostam de se arriscar e não se importam em errar e tentar de novo. Essa é a mente que pensa fora da caixa. Mas você só consegue isso quando tem uma caixa: disciplina e síntese. Por isso, o conselho que dou é dominar a disciplina na juventude para ter mais tempo de ser criativo.

N.E: O livro aponta também habilidades associadas a virtudes morais.
G: Uma delas envolve o respeito - e é mais fácil explicar a mente respeitosa do que alcançá-la. Ela começa com o reconhecimento de que cada ser humano é único e, por isso, tem cranças e valores diferentes. A questão é o que fazemos com essa conclusão. Nós podemos matar e discriminar os diferentes ou tentar entendê-los e cooperar com eles. Desde que nascem, os humanos percebem se vivem em um ambiente respeitoso. Observam como os pais se relacionam e tratam os filhos, como os mestres interagem com os colegas e com os estudantes e assim por diante. O respeito está na superfície.

N.E: Essa última habilidade se relaciona à ética, certo?
G: Sim. No que se refere à ética, é necessário imaginar-se com múltiplos papéis: ser humano, profissional e cidadão do mundo. O que fazemos não afeta uma rua, mas o planeta. Temos de pensar nos nossos direitos, mas também nas responsabilidades. O mais difícil com relação à ética é fazer a coisa certa mesmo quando essa atitude não atende aos nossos interesses. Ao resumir esses dois últimos tipos de mente, eu diria que pessoas que têm atitudes éticas merecem respeito. O problema é que muitas vezes respeitamos alguém só pelo dinheiro ou pela fama. O mundo certamente seria melhor se dirigíssemos nosso respeito às pessoas extremamente éticas.

N.E: O ideal é que as cinco mentes sejam desenvolvidas?
G: Sim. No entanto, elas não se adaptam umas às outras de forma fácil. Sempre haverá tensão entre a disciplina e a criatividade e entre o respeito e a ética. Cabe a você respeitar colegas e superiores, mas, se eles fizerem algo errado, como agir? Ignorar o fato ou confrontá-los? Saber conciliar os diferentes tipos de mente é um desafio para a inteligência intrapessoal. Só você pode se entender e achar seu caminho.

N.E: Um dos focos de sua atuação, o projeto Good Work, prevê a formação de bons trabalhadores. Como eles podem ser identificados?
G: Eles possuem excelência técnica, são altamente disciplinados, engajados e envolvidos e gostam do que fazem. Além disso, também são éticos. Estão sempre se questionando sobre que atitudes tomar, levando em conta a moral e a responsabilidade e não o que interessa para o bolso deles. O bom cidadão se envolve nas decisões, participa, conhece as regras e as leia: isso é excelência. Por último, não tenta se beneficiar à custa disso. Há pessoas bem informadas que só promovem o próprio interesse. O bom cidadão não pergunta o que é bom para ele, mas para o país.

REVISTA NOVA ESCOLA
ANO XXIV, N° 226, outubro de 2009

Roxy cantando Black hole




* To aqui invadindo o blog da Roxy pra postar esse videoo,que, particularmente, eu ADORO !!!
Beijããoo.Te amo!!
Caroline Baldin (Lúúhlu kkk)