sábado, 13 de julho de 2013

As horas

Uma vez, uma escritora inglesa disse que devemos escrever sobre tudo. Independentes se serão lidas ou não. Boas ou não. Alegres, triste, ou não. Registre tudo. Um dia ela te servirá para algo.
Essa mesma autora me fez enxergar a morte como um recomeço, quando ela decide matar o poeta em Mrs. Dalloway.
Com a morte você passa a valorizar mais a vida.
Antes que isso te aconteça, valorize suas horas.


As horas

Visto um casaco pesado, com largos bolsos.
Nesse frio, sigo em direção a um rio que desagua num oceano.
Encho os bolsos com pedras.
Eu sei nadar. Meu corpo leve, boia. Ele pode boiar.
As horas. Àquelas horas...
Esperando você me procurar, te escrevo uma carta.
Mãos tremulas. Geladas. Ansiosas.
Minutos me aproximam daquelas horas.
Sinto meu sossego chegar, e eu no fundo daquele mar...

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