domingo, 4 de setembro de 2011

CARTA PARA OS FAKES



Eu, Gabriella Lima, estou hoje com 26 anos e meio físicos, sendo que o mental varia. Muitas vezes tenho 37 e quando estou com muito mau humor, chego à casa dos 90.
É. É difícil ser eu.
Depois dos 19 anos, dei início a “outras vidas” quando comecei a ter acesso a ferramenta chamada internet.
Cheguei a ser seduzida por ela, mas posso dizer que fui mais esperta que ela.
Teve um período que fiquei 4 anos a fio conectada com o mundo de pessoas que nunca vi na vida. Aprendi coisas fantásticas sobre meus sentimentos reais e irreais, aprendi a reconhecer uma farsa virtual, descobri também como enrolar as pessoas dizendo que eu morava aqui e ali. Eu vivia a vida de vários personagens que criei desde que comecei a escrever aos 10 anos de idade.
Hoje posso dizer que sou PhD em sacar mentiras, a perceber quem é um fake e o que eles querem de você.
O engraçado é que ninguém acredita que quando eu falo que tenho 37 anos, eu digo em experiências que tive que adquirir rapidamente para sobreviver na “matrix”.
Direto recebo convites de fakes para que eu os adicione no facebook.
Alguns acham que eu vou aceitar só porque publiquei um livro, e que se “fazerem” de fãs, eu terei a obrigação de aceitá-los.
Não. Não tenho. Por que teria?
O engraçado é que eu sei quem são e o que querem. Eles acham que são mais espertos que eu, a velha da rede, a pesquisadora do comportamento humano e neuroses.
E inclusive o meu livrinho bobo, simples, trata-se basicamente disso, de farsas virtuais, dos apegos a pessoas desconhecidas, porém a Rafaela foi inteligente o suficiente para sair do círculo vicioso, e se você a conhecesse, acredito que sairia do vício de perseguir as pessoas. Querer ter todas as respostas, a saber de tudo, é ridículo. Você não vive, aliás, vive em função de querer provar para o outro que sabe das coisas sendo que você não sabe nada. Pelo amor de Deus, quem se importa?? Get a life! Entende? Get-a-life.
Enquanto você perde tempo tentando desmascarar alguém, você perde tempo em conhecer pessoas boas que estão por ai, e também de se deixar conhecer. Ninguém é tão ignorante assim. É? Acredito que você também pode ser feliz sendo honesto consigo mesmo, e no final das contas, estamos todos no mesmo barco.
O brinde de hoje vai para todas as pessoas que não simpatizam muito pela minha pessoa “glamurosa”. Fazê-o-quê? É difícil ser eu, mas ainda acho que esse papelão está sendo mais complicado ainda.
A-do-ro!

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