domingo, 28 de agosto de 2011

Entrevista sobre meu livro




1. Nos conte um pouco sobre o que este livro nos traz.

R. Quando me perguntam sobre o que o Diário idiota da Rafa se trata, eu de cara já falo que é um livro chato. Quem gostaria de ficar lendo um diário de uma menina besta que acha que tem um distúrbio mental? Mas o engraçado é que você começa a ler, e mesmo que não esteja gostando, não vai querer deixar a leitura de lado porque você quer ver até onde vai a narração da Rafaela, porque o leitor sente uma necessidade em descobrir se aquilo tudo foi verdade ou não.
A Rafaela decide anotar seus excessos de ansiedade assim que entra para a faculdade e ela se rotula bipolar por conta do seu humor inconstante. No final das contas ela percebe como sua imaginação é tola e morre de rir ao ler as coisas passadas e percebe o quanto ela amadureceu. Curiosa para saber com mais detalhes sobre o transtorno maníaco-depressivo, ela escolhe esse tema para sua monografia na faculdade, e definitivamente ela percebe o quão era saudável.
A professora Lourdes começa a narrar a história que depois será regida pela própria Rafa, que na verdade são cópias de suas anotações feita nesses dois anos de pura “frenesi”.
Você acompanhará sua imaginação, seus medos, delírios, verdades e mentiras.
Considero a Rafaela a poetisa que está escondida em todo jovem brasileiro.
Basta ler um pensamento seu e de cara vira-se fã dessa jovem da mente brilhante!

2. O que tem nesse livro que você pode falar: isso aqui eu me identifico.
R. Bom, muitas coisas que a Rafaela pensa eu chego a concordar com ela. Mas as lembranças que ela vai tendo no decorrer da história é pessoal da personagem. São coisas que eu, como autora já escutei, e há também situações problemas que acabei criando para que o leitor reflita.

3. E qual seria a mensagem principal da trama toda?
R. Você acaba percebendo que a história nos passa várias mensagens. É complicado escolher uma só. Mas o foco é bem claro sobre o relacionamento virtual que a Rafaela vivencia e como isso afeta seu mundo real. Ela acaba terminando com o amor da vida dela para viver aventuras online. Isso faz com que ela experimente emoções diferentes, reprimidas e faz com que ela desencadeie uma ansiedade anormal, pensamentos que são apenas suposições, desconfianças e outras coisas mais que são tudo falsas, porque sentimentos criados por alguém que você nunca viu, querendo ou não acaba sendo inventivo.

4. Então a história seria um alerta aos internautas?
R. Não critico quem faz amigos virtualmente porque já conheci pessoas maravilhosas na rede e ainda tive oportunidade de conhecê-las pessoalmente. Mas cada caso é um caso. Há pessoas que realmente pára de viver sua realidade para viver em outra. Isso afeta o indivíduo aos poucos e por fim você acaba deixando de fazer novos amigos "reais" porque aqueles milhões de contatos que você mantém nas redes sociais te bastam. Eu aprendi muito com a Rafa. Você não faz idéia.

5. Sua personagem é de Belo Horizonte. Como foi a escolha para o cenário da história? Por que BH?
R. Conheço BH muito pouco, mas é uma cidade que eu gostaria de morar por um tempo algum dia. É fria, é rica em lugares para se distrair e tem vários artistas que admiro que são de lá. Eu precisava de uma cidade grande porque a Rafa é uma mistura de pessoas que já convivi etc, e BH acaba sendo um lugar que realmente inspira as pessoas. É fácil encontrar Rafaelas por lá. Não escolhi Rio ou SP porque gosto muito de Minas. Não digo que a Rafaela seja mineira, porque ela é uma nômade rs.

6. Por que a história toda é regida sobre um suposto transtorno psicológico? Qual é a sua ligação com a psicologia?
R. Um amor platônico. Venho de uma família em que vários parentes sofrem de algum tipo de transtorno mental. Eu já vi de perto muitos episódios parecidos com os que a Rafa narra. Tenho amigos também que sofrem com algo parecido e eles me inspiram. Já tive medo deles antes de conhecer a fundo sobre cada problema. Acho a mente humana brilhante. Tenho uma curiosidade enorme em saber os motivos reais que faz com que as pessoas cheguem a tais estados. Uns conseguem se curar, outros não. Estava estudando Pedagogia, mas Psicologia ainda é um foco meu no futuro.

7. Qual é o tipo de público que você espera que adquira seu livro?
R. De preferência acima dos 18 anos. Fico com medo de alguns pais criticarem a história por conta dos palavrões e casos que a Rafa conta. Não quero ser responsável por influência alguma. Nem boa, nem ruim.

8. Nos fale um pouco sobre o nome da história.
R. Acredito que é um nome que vende. É descontraído também e nos passa uma certa curiosidade. O nome Rafaela é bastante sonoro, bonito e comum. Nos passa intimidade. É isso que quero passar para o leitor, como se ele fosse ler o diário de alguma amiga.

9. E por que idiota?
R. Você não acha esse diário uma idiotice? Eu acho e a Rafaela também. RS.

10. Em Notas da autora, você pede desculpas a todas as Rafaelas e termina dedicando a história para as pessoas que nunca acreditaram em você. Nos conte um pouco sobre.
R. Bom, tenho primas e amigas com o nome Rafaela. Não quero que elas pensem que é alguma ofensa ou até mesmo uma homenagem. A escolha do nome eu já expliquei o motivo. E sobre a dedicatória é o seguinte. Eu sempre tive mais desaprovações do que aprovações no decorrer da minha vida como “escritora” ou até mesmo como musicista. Mas foi graças a essas pessoas “maravilhosas” é que fizeram com que eu não desistisse de me fazer ser ouvida. Vocês terão que me engolir, mano velho rs.

11. Mas e sua família?
R. Posso dizer que é o apoio mínimo, mas não vamos entrar em detalhes. Uma coisa eu posso dizer: Santo de casa não faz milagres.


12. E como foi a produção do livro. Quando começou, como e por que? Quem esteve envolvido de forma direta ou indiretamente?
R. Comecei a escrever em julho de 2009. A Rafa começou a sussurrar essa história no intervalo do meu outro livro que ainda estou escrevendo, “Reencarnação vampírica”. Era uma forma de espairecer a cabeça. Dominique e Gabrielle (personagens de R.V) às vezes me irritam. Tenho como colaboradores a Amanda Soares que fez a revisão gramatical para mim, a Érica Si, responsável pela capa, Layane Crispim, responsável pela diagramação, e a Ana Paula Moura que fez o prefácio numa forma fascinante. Na forma indireta tenho vários amigos que ajudaram na divulgação em algumas cidades, Juliana Tozelli, Suzana Barbi, dentre outros.

Para adquirir um exemplar, visite o portal da editora Clube de Autores, link abaixo.
http://www.clubedeautores.com.br/book/41762--O_DIARIO_IDIOTA_DE_RAFAELA

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