domingo, 11 de setembro de 2011

PESSOAS ESTRANHAMENTE HUMANAS





Até quando somos livres para ir e vir?
Muitas vezes achamos que somos auto suficientes, que temos super poderes para dizer: “Não. Não aceito mais essa condição. Estou saindo. Obrigado e até logo.” Hein??
Às vezes me pergunto se eu preciso de alguém ou se esse alguém precisa de mim.
Me perdi nas infinitas respostas.
Há meses venho recebendo convites tentadores para trabalhar fora. Apesar de eu ter um espírito livre e aparentemente adorar desafios, eu sempre me surpriendo com o medo de errar.
Acho que perdi a confiança, só não sei de quê ou de quem.
Esses dias resolvi aceitar um convite para a tal mudança e não tenho dormido até então.
A espectativa me consome.
E se? E se? E se??
E se eu não der a cara a tapa para ver, vou ficar nesse “e se” para sempre.
Mais uma vez estou saindo do buraco negro que é esta cidade.
Acordei na sexta-feira super agitada, pensando no discurso que eu teria que fazer sobre o “tal” pedido de despensa da empresa onde trabalho. O encontro com a ruiva poderosa me faria gaguejar. E fez! (Exclamation point)
Meus pensamentos se enrolaram tanto que comecei a tremer e ela pode ter pensando que aquilo tudo foi mentira.
Quisera eu ter mentido na sinceridade, dizendo que as maçãs podres que existem no estabelecimento me custariam um estômago novo e muitos calmantes.
Preferi dizer a verdade que estou aqui de passagem.
Caro leitor, quando você não tem um limite, como você reage? Eu acabo não criando vínculos e me sinto livre demais para ir e vir.
Isso seria um problema?
Alguns amigos dizem que devo aproveitar as oportunidades, inclusive pelo fato de eu ser solteira com nenhum filhos. Portanto, que mal há em ir, quebrar a cara (ou não) e depois voltar para uma “casual visit” ou até mesmo para ficar no “black hole” da cidade perdida? Afinal, estamos aqui só de passagem, e bobo é aquele que não desfruta da famosa frase “Carpe diem”, e faça valer a pena cada correria, cada tapa na cara e aventurar nesse mundão de pessoas estranhamente humanas.

“Li umas 18 páginas tentando ao máximo focar. Não consegui. É uma pena, mas Orlando não me seduziu.”
Quando me perguntaram se eu estava gostando do livro da Virgínia Woolf.

2 comentários:

  1. Na medida que adquirimos experiência somos cautelosos, vezes em demasia. Fiz de tudo na vida, dizer que não me arrependo de nada seria hipocrisia, mas mesmo naquilo que, na minha concepção, não deveria ter feito, não voltaria para refazer, pois voltar é regredir em tudo que já conquistei de experiência. Oportunidades causam nauseas, é natural, mas porque não tentar?! "O comodismo faz da monotonia parte integrante da vida dos estaguinados, ou seja, viver limitado à mediocredade". WJR. Vale arriscar quando se enxerga o mínimo de benefício à vida, mesmo que posteriormente este benefício seja fruto de uma amarga experiência, só o fato de adquiri-la mostra que VALEU A PENA!

    kisses, my Baby!

    Wagnão.

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  2. Muito bom *-*
    Gostei da foto =D
    Saudades. Beijos

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