quarta-feira, 30 de março de 2011

Surfistinha quem?

Bom dia amigos e leitores!
Ontem eu assisti o tal filme baseado no "best seller" Bruna Surfistinha.
Eu chorei.
Calma.
Chorei duas vezes. Mas não sei dizer se foi de tristeza ou se foi de raiva dela.
A parte triste é que a gente sabe que foi real, e pior, a gente conhece pessoas que viveram aquela vida ou que ainda vivem na prostituição.
A tal raiva que senti foi pelo fato dela ter se sujeitado aquela situação, afinal, ela não passava fome e nem era pobre.
A raiva que ela nutria pela família, pelo seu pai sem diálogo, sua mãe aparentemente robótica e o irmão egocêntrico, fez que ela alimentasse uma rebeldia estúpida. Foi isso que me deu ódio.
Caramba! Custava ela ter tampado os ouvidos, os olhos e corrido atrás de algo moralmente correto para fazer da sua vida?
Mas Gabriella? O que é moralmente correto nos dias de hoje?
Bom, meus leitores pensantes, esta é uma questão deliciosa para refletirmos.
Agora me responda uma coisa: A forma que ela foi usada pelos homens valeu a pena? Ela realmente se sentia feliz e realizada de verdade?
Engraçado como eu achei duas respostas para isso.
Se ela foi usada ou não, o problema foi dela, claro. Mas pelo menos os trouxas dos caras pagavam para "ver". Muita mulher sai na noite, dormindo com diversos caras, e não lucram em nada com isso, certo?
Pois é.
A parte complicada é que nenhuma família deseja isso para um filho. Desde quando colocarei uma pessoa no mundo para acabar sendo um objeto?
O pior é que todo mundo acaba sendo objeto de alguem/coisa. Quem nunca se sentiu usado(a) em seu trabalho ou pelos amigos?
Vê? São tantos pontos, tantos detalhes! Hoje em dia ninguém nunca consegue chegar numa conclusão exata.
Comentei com minha colega Marina sobre essa coisa do sexo como trabalho. Como acredito que nesse ato trocamos muitas energias, esse troca troca todo acaba sendo uma heresia para o corpo. Eu não me sujeitaria, entende? Eu e pronto. Mas ela não sou eu e nem você, eis a questão.
Realmente isso acaba sendo muito pessoal e o carma que a gente constroi para nós mesmos uma hora aparece, dando o ar da sua graça, ai é só aguardar... a lei do retorno.
Mas e ai, você casaria com a Bruna depois disso tudo? Por que?

5 comentários:

  1. Eu escolhi não ver esse filme. Não tenho a menor curiosidade sobre a vida dela. E acho que choraria também, mas de raiva de ver gastar tanto dinhyeiro em filme baseado em história tão ruim.
    Beijo e para´bens!

    ResponderExcluir
  2. Oi, cat!! eu tbm não vi o filme e ó, sem a menor paciência! Apesar de ser uma decisão pessoal (tornar-se prostituta), eu fico pensando se essa era a última saída da surfistinha ou de qlq outra q esteja no ramo... Acredito q não! Sou ngm pra julgar, mas vamos aos fatos: Um pouquinho de vergonha na cara nunca prejudicou ngm!!

    ResponderExcluir
  3. Eu ainda não assisti ao filme mas tô doida pra assistir.Realmente é complicado, porque desde séculos a prostituição é vista como um trabalho (baixo e sem escrúpulos). Uma pessoa de índole não se presta a tal trabalho, porque hoje a gente cata até latinha pra se sustentar e no passado? Abanava os reis e rainhas...

    ResponderExcluir
  4. Muito querida Gabriela,
    vi o filme logo quando do lançamento. Como tu, a sensação mais estranha que senti, foi saber que estava vendo um filme real, e mais do meu cotidiano: muito dos personagens poderiam ser meus alunos e alunas de cada dia.
    Duas surpresas muito positivas:
    1) o filme não faz como eu temia: apologia da ‘vida fácil’ de uma garota de programa; ao contrário parece que desestimula qualquer menina que deseja se aventurar a tal.
    2) não é um filme erótico. Ao contrario é broxante. E mais, nesta dimensão, especialmente para os homens que poderiam buscar cenas de tesão ocorre o contrário pois trata-se de um filme realmente ‘sofrido’.
    Recomendo o filme para quem quiser conhecer um pouco algo que ocorre nas nossas vizinhança, mesmo que tenha alguns exageros, como aquela cenas de uma transa por 20 reais. Talvez a parte relativa ao envolvimento com a droga seja a mais ‘educativa’ do filme.
    Penso que a trazida desta discussão neste fórum de debates é muito oportuna.
    Com saudades de tuas visitações no meu blogue, renovo minha admiração,

    attico chassot

    http://mestrechassot.blogspot.com
    www.atticochassot.com.br

    ResponderExcluir
  5. Hi, Baby! Saudades de ti... Vejo o quanto amadureceu no aspecto crítico, isso é maravilhoso! Quanto a Bruna, é tão particular esta questão. Como crítico, diria: " Ela subverte o Sistema", mas como pessoa comum (meu ponto de vista particular), diria: Ela viveu a adrenalina que muitas queriam viver (Brincar a beira do precipício). Se casaria com Ela? Sim! pois chegar ao ponto de se casar com alguem é considerar o que se quer viver com esta pessoa sem levar em consideração o passado. "TAMBEM SOU SUBVERSIVO..."

    ResponderExcluir