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sábado, 4 de agosto de 2018

Gabi, isso não é uma crônica.



Esses dias a minha amiga Waleska Zibetti topou escrever uma crônica comigo.
Foi onde aprendi que aquilo que iríamos terminar de escrever não era uma crônica, e sim um CONTO.
Ok amiga, Lessons learned ahahahah

Comentei com a Wal que meus textos são um tanto melosos, e que eu queria um final diferente dessa vez, e que sua contribuição poderia fazer a cara da estória tomar um rumo inesperado e chocante ao mesmo tempo. Porque a Wal é dessas, que choca as pessoas com sua criatividade ímpar.
Meus leitores já se acostumaram com o jeitinho fraco (fraco de manso, eu quero dizer), de finalizar as coisas, ou até mesmo dar vida aos personagens.
Essa sou eu. Mansa, besta, romântica.
Chega.
Eu queria algo diferente.

Quando eu peguei o desfecho da história que a Wal criou eu precisei conversar com ela:
- Mas amiga. Adelso é um tanto culto, filósofo, veja só quais foram suas intenções ao assinar aquela revistas de paqueras!! Era apenas no intuito de conhecer mais sobre o comportamento e a mente humana. Ele não tinha perfil de psicopata, tinha?
- Gabi, qualquer pessoa pode matar alguém. Ninguém está livre de matar alguém. Se fosse assim, não teria médicos, juízes, advogados, engenheiros que matam. Assassinos!

Mais uma vez eu precisei estender meu tapete vermelho para a Wal passar.
Como você consegue amiga?
Sempre me surpreende, sempre me inspira.

Dentre aulas de produção de texto e ortografia, quero compartilhar com vocês este pequeno conto que foi publicado no site do RL.
Texto para maiores de 18 anos, ok?

Link abaixo:
https://www.recantodasletras.com.br/contosdesuspense/6409349
Depoimento de um réu em crise.

Quero agradecer também a minha amiga de infância, Íris Leal Cabral, pela consultoria. Amiga, sem você, meu cenário jurídico só existiria na minha mente ignorante que inventa palavras para coisas que já existem ahahaha Muito obrigada. Você é demais!!

Boa leitura!
Gabi.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Perto do coração selvagem.





"Ler Clarice é quase um desafogamento. É perder o ar para saber como é respirar." Gabriella Lima

Ontem tivemos o encontro do clube do livro Café aux lettres, no Pier da Asa Norte, onde discutimos sobre o primeiro livro de Clarice Lispector.
Tive a responsabilidade e o privilégio de apresentar a obra e não imaginei que fosse ficar tão bom. Tenho problemas para falar em público desde o primário, é uma luta diária tentar superar esse trauma, mas acredito que o local com a luz baixa e as estrelas me guiando ajudou para que tudo saísse nos conformes.
Poder ver as companheiras na mesma vibe, interagindo com cada palavra de Clarice foi mágico. Costumo dizer que ler os textos dela é para poucos, e entendê-los é para menos pessoas ainda.
Mesmo enfrentando os maus olhados da época, Clarice deixou legados e legião de fãs. 
Muitas pessoas não gostam ou não entendem suas histórias por não terem exatamente um cenário, um enredo, cenas de ação ou capítulos sequenciais. Mas para a autora o importante era expor o que se passava na mente dos personagens. O seu ideal era pensar sobre tudo, mas um tudo simples, até mesmo a vida das baratas, ratos ou galinhas. 
Da mente muito inquieta e veloz, Lispector te mostra o que você está vendo sem ver, faz você sentir, refletir, até mesmo rir. Textos com linguagem metafórica,prosa intimista e com bastante fluxo de consciência, ela traz um novo estilo literário para o Brasil.
Lê-la é se aventurar dentro de nós mesmos, porque o seu olhar é o meu, é o seu, é o olhar do mundo. É estar perto de corações selvagens, independentes, prontos para darem um próximo passo.
Você é ou não é? Você está!

Aproveito para deixar uma sugestão de leitura. 
É um diálogo que fiz em 2008 inspirado em sua obra chamado: Conversando com Joana, de Clarice Lispector.

Bom final de semana pessoal!