terça-feira, 30 de julho de 2019

Agora é “proibido” ser chamada de linda.


Crítica ao comentário de um vídeo da Madonna que recebi pelo Instagram.

Agora não podemos mais chamar as mulheres de lindas porque isso ofende as “feministas”.
Bonito agora é ser “feia”, cabelo no sovaco, pernas peludas, não ter bons modos e ter bigode, por que não?
Agora não podemos elogiar mais as nossas amigas, mães, irmãs, que estão vestidas maravilhosamente, que estão lindas!! Afinal, o físico, o externo é apenas filtro, produção e maquiagem.
Ah é mesmo?
Então quem nasce com um tipo de beleza física não pode ser elogiado por isso?
Que bagunça é essa?
Bom, quem quer que tenha inventado esse novo “barulho” não deve estar muito satisfeito com sua aparência.
 Bom, chega de revoltas, agora vamos refletir seriamente sobre o assunto.
 Entendo completamente o peso em que a cultura do “belo”, do grego, da ideia de deus/deusa, nos trás há séculos e o quanto isso pode afetar algumas pessoas.
Contudo, sabemos verdadeiramente que o externo muito das vezes anda em conjunto com o que está por dentro. Quem não conhece pessoas esteticamente “normais” e que por serem tão especiais, tão humanas, tão incríveis, elas embelezam o seu exterior quase que de forma instantânea? Mágica?
Então o ser linda não necessariamente indica apenas o que está por fora.
O “neo-feminismo” só vem dando tiro nos pés e não é de hoje.
Elas acabam fazendo barulhos com coisas banais porque precisam continuar na “onda”... tirando a sociedade de um foco que realmente deveria ser abordado. (Massa de manobra?)
Apesar de ter acontecido algumas “ondas” a mais no movimento feminista, (no qual não concordo em como o ideal foi corrompido com o tempo), o “Neo-feminismo” me entristece.
Vale lembrar que o movimento feminista do século XIX tinha como foco: promover a possibilidade quanto à “recusa” do casamento arranjado, a igualdade dos direitos contratuais referentes a propriedades, conquista de voto e a trabalhar tendo uma justa remuneração. O grito pela liberdade das mulheres da época é bem diferente do grito da “liberdade” que as “ondas” vêm trazendo até os dias de hoje.
Se formos comparar o que as ondas dos oceanos trazem para beira mar em dias de revoltas, à essas “ondas” do “manifesto” feminista,  ficaríamos assustados. (É muito lixo envolvido).
O mundo está perdendo os valores em que a sociedade se baseou ao longo da nossa existência como seres humanos. As mulheres de hoje não querem liberdade, (eu pensava que já éramos livres) elas querem ser iguais aos homens. Mas cada gênero tem o seu papel e o seu valor. Qual é a dificuldade em entender isso?
Da mesma forma que não se educa homens como antigamente, eu digo o mesmo para as moças. Elas se assustam com gentilezas masculinas, se sentem reduzidas quando algum homem paga a conta do jantar, elas não se orgulham mais em serem zelosas donas de casa, e agora não aceitam mais serem chamadas de lindas. rs
Hoje, as “novinhas” que juram reivindicar alguma coisa, gostam de músicas da moda, roupas de grifes, batons caros, demoram a começar a trabalhar, estudam em faculdades pagas pelos pais e fazem manifestações para aparecer em redes sociais.
Que bagunça é essa?
Só sabemos que agora não podemos mais chamar as mulheres de lindas porque isso ofende as “feministas”, sejam elas lindas ou não. Onde é que vamos parar!

sábado, 27 de julho de 2019

VIDA - Mário Quintana

Photo: google.

"Não coma a vida com garfo e faca.
Lambuze-se!
Muita gente guarda a vida para o futuro.
Mesmo que a vida esteja na geladeira,
se você não a viver, ela se deteriorará.
É por isso que tantas pessoas se sentem
emboloradas na meia-idade.
Elas guardam a vida,
não se entregam ao amor,
ao trabalho, não ousam,
não vão em frente.
Não deixe sua vida ficar muito séria,
saboreie tudo o que conseguir:
as derrotas e as vitórias,
a força do amanhecer e a poesia do anoitecer.
Com o tempo,
você vai percebendo que
para ser feliz
você precisa aprender a gostar de si,
a cuidar de si e,
principalmente,
a gostar de quem também gosta de você."

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Não se costura o amor

Por Gabriella Gilmore

Nossos arranhões se tornaram feridas expostas. 
Costura-los com linha é apenas esperar para que o remendo se solte outra vez. 

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Vem cooperar - música do concurso musical GV Canta 2019







É com muita satisfação que eu compartilho com os amigos e leitores o prêmio de primeiro lugar do concurso musical no qual participei juntamente com Thiago Marlon.
Aproveito para fazer um desabafo também.
Numa bela noite, recebo um áudio do Thiago dizendo: Lady, escrevi uma música para um concurso do Sicoob pensando em participar, o tema é: Cooperativismo. Eu gostaria de saber se você anima participar também. Escuta ai e coloca o violão para eu enviar o áudio para as inscrições.
E no “carão” eu disse: sim, sem pensar no custo que isso me levaria. Calma que vocês irão entender.
Rascunhei as notas, toquei e enviei de volta o áudio.
No resumo da prosa: entre 15 inscritos, apenas 5 canções foram selecionadas para participarem do evento.
FICAMOS BEGE!
Tivemos apenas 20 minutos para ensaiar com a banda e eu estava a mil por hora, super ansiosa e com muita tensão.
Para quem não sabe, eu lido com Fobia Social e Pânico desde 2006, motivo este de eu ter parado de mexer com música na época. Não consigo mais decorar letras e eu falto morrer de infarto quando se trata em estar a frente de pessoas me avaliando.
Eu evito deixar isso tomar conta de mim, tentando sempre superar, mas não é nada fácil.
No sábado do evento após o almoço, eu comecei a sentir fortes dores na nuca, pensei até que estava com pressão alta. Isso me deixou muito apreensiva porque eu sabia que já estava em crise. Eu tentava ensaiar a letra mais uma vez e sempre me dava branco em algumas palavras. Eu estava a ponto de desistir, mas não poderia deixar o Thiago na mão.
Chegamos ao evento, passamos a letra algumas vezes ainda dentro do carro e também durante o evento enquanto a banda da Polícia Militar estava tocando. Eu estava uma pilha de nervos, e fazia de tudo para disfarçar.
Ok, chegou a nossa vez.
Subimos no palco e demos o melhor.
Errei duas palavras.
Quando o resultado saiu, eu não consegui acreditar. O pessoal que estava concorrendo conosco eram bons demais!! Ganhamos em primeiro lugar!!
Pensei que após toda a tensão, eu iria relaxar e confraternizar com o pessoal, mas não aguentei ficar no evento. Vim correndo com meu sobrinho para casa. Eu estava uma pilha!!
Algo que era para ser divertido e prazeroso, para mim foi quase infernal.
Que desafio!!
Decidi compartilhar essa luta que enfrento há alguns anos porque sei que muitas pessoas também lidam com isso. Gostaria de dizer que apesar dos medos e ansiedades, não deixe que isso o defina e que governe sua vida. Sempre tente o seu máximo porque lá fora tem muita gente nos esperando e torcendo por nós.
Quero agradecer a todos os amigos pelo carinho.
Mil beijos, Gabi.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Tempo de recomeçar!




Tempo de recomeçar!                   
 Por Gabriella Gilmore
27/12/2007







O tempo passa, e muitas pessoas não tem a sensibilidade de perceber isto, fazendo com que nada de bom pudessem usufruir deste grande “professor”.
     Você já parou para analisar que se não errássemos, ou ao menos se quer, não expuséssemos nossos pensamentos, estaríamos matando um filósofo que há dentro de nós?
Ninguém é tão irracional ao ponto de não passar algo de bom para alguém. Às vezes nos menosprezamos por falta de percepção própria, por falta de coragem de expor algum raciocínio, porque seria inusitado ou não tão coerente para alguns. Mas será que até o ser mais sábio do mundo foi 100% coerente?
Talvez ele tivesse que pisar torto muitas vezes para ter adquirido toda a bagagem que carrega. Nos erros construímos fortalezas cada vez mais altas, cada vez mais fortes, para que mais a frente, nada possa nos abalar.
Nosso castelo interior é feito de desejos, ideais, esperanças, e devemos também trabalhar nosso lado calejado, para que ele possa se curar, abrindo em nós, um caminho novo, um caminho de novas ideias, novos planos.
     Às vezes somos tão mesquinhos ao ponto de nos acharmos o dono da verdade, sendo que todos têm  a mesma capacidade de pensar e de sermos inteligentes. Não existem melhores ou piores, existem pessoas com autoestima baixa.
Nunca temos tempo para ouvir um pouco sobre o que se passa com nosso irmão, o avô, com os nossos pais. Às vezes é tão difícil conseguir um minuto se quer de atenção, e isso vai nos consumindo por dentro, levando o encanto que há na troca de experiências.
     O que está acontecendo com as famílias? Por que o respeito tem esfriado? O barulho lá fora tem sido mais suave do que as gritarias de dentro do nosso lar, e assim nosso mundo interno se fecha, entristece, e vai perdendo o contato.
O que fazer quando pensamos que não há voltas?
Às vezes murmuramos mais do que tentamos fazer de um modo diferente.
     Já parou para pensar que culpar os outros pelo desequilíbrio é muito mais sutil? Mas é injusto, e errado.
Muito das vezes o erro começa em nós, e assim acabamos projetando essas falhas nas pessoas, fazendo com que elas estivessem sempre erradas. Devemos nos analisar para depois poder cobrar algo de alguém.
Há muito que se aprender e muito pouco tempo para isso, e ainda existem pessoas que ignoram as oportunidades de crescer, gastando seus tempos com coisas fúteis, com conversas sem conteúdo e ainda acordam dizendo-se cansadas, de saco cheio da vida.
     Sempre repito um velho ditado “Cabeça vazia, oficina do diabo”, e é a mais pura verdade. Reclamar é tão simples! O difícil mesmo é saber agradecer por mais um dia acordado, com saúde. Nada surge do nada. Se você não fizer por onde, vai ficar nessa inércia eterna até um belo dia você acordar pra vida e ver que podia ter ouvido o murmúrio de teu pai, o clamor de tua mãe. “Filho, acorde! Nunca é tarde!!”
Não é todo o caso que podemos contar com o apoio de nossos pais, mas ainda assim não é motivo para desistir.
     Nunca parou para pensar que há alguém que se espelha em você? Pode ter certeza que você é exemplo para alguém sim. Então comece já a mostrar o seu valor e seja exemplo para as pessoas ao seu redor. A mudança para um mundo melhor começa em nós mesmos. Não devemos desistir. A batalha é longa, mas estaremos conscientes de que estamos fazendo a história de um mundo novo, de um novo recomeço.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Quem matou Verinha?



por Gabriella Gilmore

Quando criança, eu conheci uma das amigas de mamãe do seu trabalho na TV local.
Verinha era uma mulher muito marcante e bela. Com seus cabelos negros, lisos e aquela franjinha sempre impecável faziam com que nós crianças pensássemos que ela era uma estrela de novela.
Aos domingos, Verinha adorava almoçar conosco, afinal, mamãe sempre fazia o melhor pescado da feira dos finais de semana.
Um tempo depois, mamãe se converteu a um culto e perdeu contato com todos os amigos da TV. Ela achava que sua vida passada era “pecaminosa” demais e não valeria a pena manter contatos com o pessoal para não cair em “tentação”. Mas isso era apenas coisa da cabeça de mamãe, talento esse que herdei ao ter a mente sempre muito criativa e cheia de teorias da conspiração.
Anos mais tarde, eu já estava entrando para a vida adulta, estávamos todos os irmãos sentados à mesa para o lanche típico do sábado à tarde, e mamãe nos entregou uma notícia muito triste:
- Encontrei com Otávio da TV Mocidade e ele comentou que Verinha morreu.
Mamãe disse que seu semblante ficou abatido instantaneamente com aquela notícia, afinal, Verinha sempre fora sua grande companheira de trabalho.
- Mas faleceu de quê, minha mãe? Perguntou minha irmã mais velha.
- De AIDS. Vejam só! Pior que eu sempre me preocupava com Verinha naquela época da TV. Ela era muito popular entre os rapazes da Associação.
- Nossa, que pena! Retrucamos quase que em coro ensaiado.
Algumas décadas depois, estávamos todos nós em família comemorando o aniversário de um figurão da nossa cidade, o nosso amigo querido, Sr. Leonard Grigorescus.
Ao chegarmos ao salão de festas, Leonard veio nos receber todo sorridente. Ao lado dele, estava sua assistente executiva. Uma senhora de meia idade muito bonita, cabelos lisos com luzes cor de mel e uma franjinha impecável.
- Verinha??? Perguntou minha irmã mais velha.
Logo Verinha e mamãe se reconheceram e deram um berro de alegria.
Houve abraços, muitos sorrisos e elogios.
Eu cutuquei minha irmã mais nova, que também se lembrava da morte triste de Verinha. “Mas ela não estava morta?” Cochichei.
Finalmente, quando Verinha veio abraçar meu irmão, a “ovelha” negra da família, ele soltou a boa da noite:
- Verinha, que emoção vê-la viva!
Verinha não entendeu nada.
- Há alguns anos, continuou a peste do meu irmão, mamãe havia lhe matado.
A gargalhada foi unânime, exceto a de Verinha coitada, que não entendeu nada.
- Mas então eu morri, foi? Perguntou Verinha toda curiosa e divertida. E eu morri de quê?
Então um silêncio pairou, as gargalhadas cessaram, eu e meus irmãos saímos de fininho, afinal, agora mamãe precisava se virar para criar outra estória para se safar das suas imaginações quase que lunáticas.
Que noite!
Hahaha

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Estarei compartilhando estórias como estas no meu novo livro chamado:
"O divertido cotidiano vs. Murphy".
Aguardem!

Instagram: @gabygilmoreofficial

quinta-feira, 4 de julho de 2019

O diabo e eu

por Gabriella Gilmore








De repente nos tornamos parceiros.
Parceiros do crime.
Eu sempre soube que ele sentia alguma coisa a mais por mim.
As suas brincadeiras de dizer que não era uma pessoa naturalmente boa, eu nunca consegui acreditar.
Portanto ele insistia. Insistiu tanto que foi capaz de encarnar o mal só para provar que o quê ele dizia era verdade.
Por alguma razão ele se foi sem se despedir de mim.
Na sua ausência, descobri que não conseguiria mais viver sem a sua presença.
Chorei todas as lágrimas acumuladas.
Até que um dia ele voltou para mim.
O que eu sentia por ele passou de uma amizade para amor carnal.
Eu desejava aquele cara, e sabia que ele também me queria.
Incomodado com algum segredo que eu não queria acreditar, ele finalmente se revelou.
Sua face se transformou no meu maior medo.
Fiquei chocada com tudo que vi.
Eu, de frente com o diabo, aquele que eu temia não acreditar.
Dessa vez, quem se foi sem dizer adeus fui eu.
Corri daquele amor profano que estava crescendo dentro de mim. Corri de medo do inferno. Eu corria. Corria...
Anos se passaram, até que finalmente consegui digerir tudo aquilo em que passamos juntos.
O diabo e eu.
Em uma noite qualquer, nos esbarramos por ai.
Aceitei tomar um drink com ele.
Eu fingia que estava bem, que o aceitava do jeito que ele era. Mas eu sabia que era tudo mentira.
Eu me apaixonei por um ser das trevas!
Gritei para os céus perguntando se o flerte com o diabo era a única coisa que eu merecia nessa vida.
Como não obtive respostas. Eu chorei, chorei o restante das lágrimas que restavam em mim.
O meu rio secou.
E o diabo em mim se apoderou.
De repente nos tornamos parceiros.
Desta vez parceiros no crime.