sábado, 17 de outubro de 2015

Na teia de mentiras



“De todas as armas que levamos para a batalha, não há nenhuma tão poderosa quanto a mente humana. É nela que fica os instintos e o treinamento, e nos permite distinguir os amigos dos inimigos, amor do ódio. E se essa arma está ferida, você fica desarmada. A mente é muito mais perigosa quando está danificada e não há garantia de que ela não escolherá a si própria como a próxima vítima.” (Revenge)

Cheguei em casa, tirei a minha bota de montaria, fui até a cozinha com os pés descalço sentindo o frescor do piso do chão, abri a geladeira para me refrescar com alguma bebida gelada.
Liguei o ventilador da sala em minha direção, sentei no sofá e comecei a repassar toda a conversa que tivemos uma hora antes deu chegar em casa.
Palavras como “cuidado”, “você não pode”, “você está em negação”, “você deveria”... buzinavam dentro da minha mente que fritava ainda mais com o calor infernal da cidade.
Eu precisava de mais tempo para decidir, mas a verdade é que não há mais tempo. Eu estou no meu deadline. E em menos de 6 horas o dia 16 termina.
“Sua mente está vulnerável”. Foi quando a frase de Emily Thorne me resgatou para a realidade. Para a minha atual realidade.
A verdade é que o sistema me pegou. E o pior: eu deixei ser pega.
Os momentos em que estamos vivendo faz parte de um grande quebra cabeça. Na verdade o quebra cabeça é dividido em vários núcleos, como em novelas, e uma vez que você monta as peças, você descobre o enredo e tudo perde a graça. Mas ainda há quem queira continuar assistindo. Eu quis continuar assistindo, mesmo sabendo na m3rd4 em que eu ia me enfiar.
Quando minha bebida gelada terminou, corri para o banheiro para tomar um revigorante banho.
Assisti um filme horrível para espairecer que afinal me ajudou a organizar o meu pensamento sobre a teia de mentiras em que eu vinha sendo enfiada e ainda me sentindo culpada.
Culpada de que? De dizer a verdade? Qual é o problema que as pessoas tem em lidar com a porcaria da verdade? Se você mente, elas te recriminam, mas se você fala a verdade elas se afastam. Fuck it!!  WTF!
Não posso mais me sentir culpada pela b05t4 de vida que você leva.
Não posso mais ser o seu brinquedinho.
Não posso mais me fazer de vítima para ganhar sua atenção em forma de migalhas.
Não posso mais me sentir acuada pelas coisas que você esconde.
Não posso mais aceitar que você me visite na noite só porque você está “bored”.
Não posso mais ser o seu alvo, e muito menos o motivo para suas piadinhas na mesa de bar.

Podemos ser iguais em muita coisa, porém existe um detalhe: e dessa vez eu não vou te confessar.

domingo, 11 de outubro de 2015

Eu voltarei por você

“Sometimes we get cold
No words to fix it up
You get so stubborn
I get so stubborn
We hide behind walls
Our joy becomes ghosts
I wish you'd care more
I know I care”
(Yours – Lucia)


  OLHOS DE VIDRO

Uma vez uma sábia disse para mim: “Temos de abrir mão de muitas coisas para podermos seguir adiante. O medo de deixar o que não se tem (...)que deixemos algumas pessoas para que outras possam vir e ocupar lugares...”
Às vezes vivo tanto os sonhos dos meus personagens que muito das vezes eu deixo de sonhar por mim mesma. É como se a minha empatia fosse transferida para cada personalidade que escrevo. Eles passam a viver enquanto eu mesma passo a ser apenas telespectador. 
É exatamente nessa hora que eu preciso daqueles que se importam comigo para me tirar daquelas cordas. Me sinto marionetes, aonde quem passa a brincar comigo são as minhas criaturas. 
Algumas vezes ver esses espetáculos a olho nu faz bem, mas algumas vezes nem tanto. O pior é quando você se apaixona por alguma ideia borrada nos rascunhos. 
Elas se libertam daqueles papéis e dizem “Boo!” com a maior naturalidade. E passam a pregar peças em você. Aparecendo nos seus sonhos, algumas vezes no café da manhã ou em forma de música. Mas elas estão sempre lá, te admirando de longe com aqueles olhos de vidro.
Aqueles olhos de vidro que serei incapaz de esquecer...


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Um misto de mulheres


...porque ela acreditava em fadas, então eu passei a acreditar também.

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Oi oi oi tchutchucos da Gaby hahahhahah Fazendo a #FabiBertotti agora. ADORO!

"Cerveja" como são as coisas... tem como não amar o escrever? O criar? O interagir?
Estou super feliz com esta nova vibe que estou passando com o pessoal do R.L.
Tá que algumas vezes o descaso come solto, mas há sempre alguém que nos faz ficar, ou pelo menos estar mais presente.
Por esses dias ando trocando comentários com uma leitora/escritora e o amor fraternal foi quase que instantâneo e mútuo. Me fez relembrar os bons momentos do falecido orkut e suas festas virtuais ahahahahaha #oldschool para quem entender isso.
A postagem de hoje vai ser um textinho em parceria com a loirão PattyZÃO Costa.
Mana, thanks for saving me!
Bom final de semana estendido para todos!!! Amanhã começa a convenção dos primos Corrêas. Estou suuuper empolgada. Que este seja o primeiro de muitos.


" E na descoberta encoberta de linhas e entrelinhas

A união de laços redescobertos se fez
Não sabe-se nem como, e nem porque...
No misto da mulher de mil faces...
Da pele alva, e dos fios vermelhos feito o fogo...
Duas almas amigas formularam-se na tez.....



Uma empolgação que parecia coisa de amador
Mas sabe-se que amor com respeito não foi todo queimado
Naquele encontro do passado quando as bruxas desvairadas
Traíam uma as outras por causa de prazer
A sorte do renascer veio junto com a oportunidade de transcender
E assim se reencontrar  selando o que nunca foi perdido, o carinho...



E no tempo distante de outroras vividas,
Entre Brumas e Avalons...
No companheirismo ditado pela era vivida
Nada o tempo apagou...
Tudo em reciprocidade, a semente brotou....
Em bocas e livros envelhecidos pelos anos
De letras trocadas e afinidades descobertas....
Feito que escrito em eras...
O céu anunciou a volta...
E na magia, a redescoberta.



Assim segue as duas almas unidas
Saltitando de alegria feito crianças
Pois muito bem se sabe que o que fica
São as doces e eternas lembranças....



E feitas de lembranças
Duas almas feito Fênix, renascem....
Posto duas mulheres ,
No regozijo e plenitude da amizade....
Que carregam...
De Evas
As Mil faces...."

Dueto :  Gabriella Gilmore e Patty Costa !

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Troca de sentimentos



Uma vez comentei com minha terapeuta que um dos sentimentos que até hoje eu não aprendi a lidar foi o da rejeição. É como se o mundo com toda sua gravidade jogasse seu peso sobre mim. É horrível.
Acontece que quando finalmente me dou por mim (depois de ter levado várias pancadas), aquele sentimento se torna muito escuro. Na verdade ele muda de cor. É como se eu necessitasse de trabalhar com substituição.
Sempre fiz isso. Porque para superar algum desastre eu preciso trocar um sentimento por outro.
Só que sabemos que apagar alguma coisa apenas com os dedos deixa manchas, borrões. E escrever por cima não significa que aquilo ali apagou. Entende?
É uma droga!
Como todo maldito vício tenho essas recaídas, e te apagar da minha lembrança está me custando todos os dedos, e está doendo pra caramba.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Mude a mira



(re)post meu do ano de 2013 se fazendo presente nos dias de agora.

Assim são as coisas: Elas vão e voltam, persistem, te enchem o saco.
Te emputecem, te enfraquecem, te enriquecem!
Algumas te deprimem, te oprimem, te matam.
Outras fortalecem, te enobrecem, te iluminam.
Se você ganha, você perde.
Se você cai, você levanta.
Você chora, ri, se torna serena.
As oportunidades aparecem, somem, mas voltam em outras.
Agarre-as!
Se precisa parar de pensar, pare.
Se lembrar te faz adoecer, esqueça.
Se esquecer te faz vazio, enche-a com coisas que te dão prazer.
Busque o foco.
Lute por ele.
F.O.Q.U.E-O! (Naquele duplo sentido aportuguesado do f....ir-se)

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Uma vez na prisão



- Você é bem durona, não é Gipsy? Sei que é fácil se convencer de algo que você não é. E pode fazer isso lá fora. Dá para seguir em frente.  Basta se manter ocupada pra não ter que encarar quem você é. Mas você é fraca.
- Saia de perto de mim!
- Sou como você. Também sou fraca. Não consigo passar isso aqui sem ter alguém para tocar e amar. Isso acontece por que o sexo alivia a dor? Ou por que sou um monstro sexual? EU NÃO SEI! Mas sei quem eu era antes de entrar aqui. Eu era alguém com uma vida que eu tinha escolhido.  E agora o lance é superar um dia sem chorar. E ainda tenho medo. Tenho medo por eu não ser eu mesma aqui ou tenho medo de ser. As outras pessoas não são o pior da cadeira, Gipsy,  a parte mais assustadora é encarar quem você realmente é, pois uma vez aqui dentro,  você não tem pra onde fugir mesmo se conseguisse correr. A verdade te encontra aqui. E  você acaba sendo uma fracassada de verdade.

(OITNB)

sábado, 3 de outubro de 2015

Errei tentando acertar



Escutando uma das minhas músicas favoritas.
Nobody's perfect de Jessie J.

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Talvez eu seja uma das pessoas mais imperfeitas do mundo. Mas é exatamente tentando acertar que eu erro.
Mas não é um erro de propósito, mentiroso ou armado. É um erro na tentativa de acertar uma mira, uma meta, um amor, whatever.
Essa música da Jessica é uma das letras que eu mais me identifico, e por curiosidade é a que eu mais gosto de cantar, e até mesmo a cantora disse uma vez que é a favorita dela em fazer acústico.
Sei lá... Nessa letra de melodia com tão simples acordes, você sente... você vive, você acaba concordando sobre os carmas que a gente atrai para nós. Ele vai e ele volta. Cabe a nós sabermos usar as energias a nosso favor e não contra nós mesmos.
Tenho levado tantas porradas no mesmo machucado que às vezes acho que estou com diabetes. Ferida essa que nunca cicatriza.
Será que isso há de passar? Esse "infinito dentro do infinito"?
Ando cansada de tentar buscar essas respostas...
(...) continua.