“Sometimes we get cold
No words to fix it up
You get so stubborn
I get so stubborn
We hide behind walls
Our joy becomes ghosts
I wish you'd care more
I know I care”
(Yours – Lucia)
OLHOS DE VIDRO
Uma vez uma sábia disse para mim: “Temos de abrir mão de muitas coisas para podermos seguir adiante. O medo de deixar o que não se tem (...)que deixemos algumas pessoas para que outras possam vir e ocupar lugares...”
Às vezes vivo tanto os sonhos dos meus personagens que muito das vezes eu deixo de sonhar por mim mesma. É como se a minha empatia fosse transferida para cada personalidade que escrevo. Eles passam a viver enquanto eu mesma passo a ser apenas telespectador.
É exatamente nessa hora que eu preciso daqueles que se importam comigo para me tirar daquelas cordas. Me sinto marionetes, aonde quem passa a brincar comigo são as minhas criaturas.
Algumas vezes ver esses espetáculos a olho nu faz bem, mas algumas vezes nem tanto. O pior é quando você se apaixona por alguma ideia borrada nos rascunhos.
Elas se libertam daqueles papéis e dizem “Boo!” com a maior naturalidade. E passam a pregar peças em você. Aparecendo nos seus sonhos, algumas vezes no café da manhã ou em forma de música. Mas elas estão sempre lá, te admirando de longe com aqueles olhos de vidro.
Aqueles olhos de vidro que serei incapaz de esquecer...
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