por Gabriella Gilmore
Ela é daquele tipo de boneca cheia de remendos
Cada dia mais parecida com voodoo
Os dias passam em câmera lenta
Enquanto o vento soa um “yahoo”
A costura arrebenta sempre no mesmo lugar
Arrebenta, remenda, arrebenta, remenda
Costura encima de costura
Não há pano que aguenta
Por fora ela tem uma aparência monstruosa
Por dentro existe uma maciez
Que só é sentida
Para quem reconhece sua própria pequenez
Os anos se passaram para a pobre Annabelle
Que passou de mão em mão
Sua alma não mais pertencia aquele corpo
Que hora sentia frio sim, mas em outras vezes não
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