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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
A autoestima das gordinhas
Por Gabriella Gilmore
- E você se acha bonita? Perguntou uma senhora de meia idade.
- Sim, sou muito bonita! Respondeu a gorducha.
- Ah, mas me desculpe, você não é tão bonita não.
- Olha, eu sei que as pessoas tem preconceito com mulheres acima do peso. Mas independente do meu tamanho, eu sei que sou bonita. Vocês estão me vendo agora aqui toda mal arrumada, mas eu sou linda. Se eu for usar seu modo de avaliar beleza, olha, a senhora seria horrorosa!
(Gargalhadas na sala)
- Eu estou falando! Veja o dente verde, enorme, cheio de emendas que a senhora tem!
(continuação das gargalhadas)
- Olha, me desculpe, mas sua irmã é mais bonita que você. Retrucou a velha.
- Ah sim, exatamente porque ela é magra. Veja bem, realmente eu não entendo seu modo de avaliar beleza física, mas não se esqueça que meu problema de obesidade é algo que se ajeita. Eu tenho um rosto lindo, cabelos bem cuidados, sorriso e dentes muito bonitos também. E isso não se arruma numa sala de dentista, ou numa mesa de cirurgia plástica.
(A gargalhada foi parando)
- O que te sobra, me explica? A gorducha perguntou tranquilamente enquanto terminava de comer seu pão com mortadela.
(Diga NÃO ao bullying!)
Na foto: Melissa Maccarthy. (coisa maisilinda)
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Mulheres "cheinhas" vs preconceito.
Fui checar as notícias dos amigos pelo Facebook, e vi um
texto de Paulo Coelho falando sobre as mulheres cheinhas. Eu me senti
lisonjeada porque eu também estou acima do meu peso, e às vezes me sinto
excluída pelos homens na sociedade.
Achei lindo o texto, mas Paulo maquiou demais a ideia de que
ser “fofinha” é algo socialmente aceitável, porque eu vivencio horrores em
encontros com amigos, flertes etc, que sempre preferem a magra da cara feia, a
uma mulher “fofa” do rosto “Adele”. Eles querem mulheres para desfilar nas ruas,
que não tenham atitude, porque fica mais fácil deles as dominarem, e
provavelmente devem ser visualmente mais agradáveis.Espero que um dia esse texto passe a ser verdade, e que possamos ficar mais a vontade ao entrar em lojas, sem o constrangimento de não encontrar peças de roupas do nosso tamanho, porque o mundo ainda é dos calçados 36/37, e roupas 38/40.
Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção. Não temos a menor ideia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação se dá de outra forma, isso quer dizer: se tem forma de guitarra... está bem. Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas. As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, carnudas... Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo. As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, parecem odiar as mulheres e com elas competem. Suas modas são retas e sem formas. A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa. As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas... Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas é como ter o melhor sofá embalado no sótão. É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde. As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado. O corpo muda... cresce. Não da de entrar, sem ficar psicótica, no mesmo vestido que usava aos 18. Uma mulher de 45, que entra na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo. Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua tendência a culpas. Ou seja, aquela que, quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes); quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (não se saboteia e não sofre); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que gosta, compra; quando tem que economizar, economiza. Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos em formol, nem em spa... Viveram! O corpo da mulher é o sagrado recinto da gestação de toda a humanidade, onde foi alimentada, ninada e, sem querer, marcada por estrias, cesáreas e demais coisas que fizeram parte do processo que contribuiu para que estivéssemos vivos. Portanto, Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se! A beleza é tudo isto.
E você leitor, o que pensa sobre este assunto?
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