quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Qual era a sua média escolar?

por Gabriella Gilmore

Hoje logo pela manhã fui filosofar com uma garota que inexplicavelmente me inspira a criar personagens incríveis e reflexões tão boas quanto.
E o papo de hoje foi sobre notas escolares.
Como bem sabem, estou passando sufoco para compor meu TCC, e depois que fiz uma postagem anterior sobre meu desabafo, eu tenho trocado ideias com algumas pessoas que também caminharam/caminham com essa pesada cruz.
Ela disse que tirou 9. E completou dizendo que foi um “depressivo 9” quando se podia ter tirado 10.
Logo eu assustei!
Assustei com medo de passar longe desses 9, porque eu sempre fui aluna mediana no ensino médio. Só passava de raspão. Se concentrar sempre foi muito difícil para mim que tenho alguns probleminhas aqui e ali, mas beleza.
Eu virei para ela e perguntei: O que significa tirar nota 10 no mundo de hoje?
Ela simplesmente respondeu: Significa excelência.
O pau quebrou. Precisei chamar Cláudia para sentar.
- Escute bem o que vou te perguntar: O que você fez com essa nota 9 até agora? Essa nota 9 te levou para o patamar pós faculdade que você esperava? Então do que adiantou tirar os 9? Que para mim é um notão!?
Ela ficou em silêncio, mas nós duas entendemos o que ela respondeu mentalmente.
O “nada” ecoava alto na nossa atmosfera.
Cláudia não estava atuando na sua área de formação.
- Para finalizar meu sermão matinal, escute mais uma coisinha, você estava se cobrando uma nota 10 apenas para esfregar na cara da sociedade e na cara de seus amigos. Talvez essa nota de “excelência” não significasse nada para você. Então conquistar uma nota 10 te mostraria exatamente o quê? Iria fazer o quê com o sonhado 10?
Não deixe que notas digam para onde você vai ou quem você é. Apenas seja você e continue em movimento para que as coisas possam de fato significar algo na sua vida e na vida das pessoas ao seu redor, que para muitos você já é a nota dez!

#reflexão #textomotivacional #façadiferença

Instagram: @gabygilmoreofficial

Halloween, o quê?

Não vou falar nada sobre isso hoje, mas eu tenho uma pergunta para vocês:

- Já se perguntaram o motivo de comemorar o halloween?

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

TCC da depressão?




Bom dia amigos Introspectors!

Eu ando sumida daqui e eu sei disso. Peço MIL desculpas!!!!
Estou no meu último semestre da faculdade e não bastasse à pressão da escola, pelo incrível que pareça esse semestre do meu trabalho secular também tem sido muito tenso. Pressão encima de pressões, em ambos os lados. Estou enlouquecendo! Não tenho para onde correr, digamos assim.
Estou com o prazo estreito para entregar o TCC, e eu não sei vocês, mas minha mente bloqueia quando estou sobre muito estresse.
Eu sou super organizada, e até demais. Fiz um cronograma de estudos com horários e matérias, tudo pensando em otimizar meus estudos, mas me pergunta se tem funcionado?
Na verdade o sistema funciona, mas eu é que não estou dando conta de segui-lo. É como se minha mente fizesse o que ela quer e quando quer.
A titulo de exemplo, domingo passado fiquei a disposição de avançar as pesquisas do tópico 1 sobre a História dos Hebreus e eu não consegui. Eu acabei me sabotando. Fui parar no apto da minha irmã para dormir lá com ela e me distrair um pouco.
E eu podia fazer isso? Com o tempo tão estreito! Claro que não.
Em compensação, ontem eu fui dormir quase uma hora da manhã, não por estar mega super atrasada, mas é porque a mente fluiu e eu precisei pegar essa “carona” com ela.
Obviamente não consegui finalizar o tópico um, que estou agarrada há duas semanas, portanto eu pulei para o tópico 2 ontem mesmo, e consegui dar um bom avanço no artigo.
Não sei se vocês sabem, eu estudo em casa, e confesso que o desafio é dobrado.
Não existe a tal colinha do colega ou a bajulação com o professor para facilitar nos desempenhos. O mérito é exclusivamente do aluno, que precisa literalmente se virar nos 30 para alcançar os objetivos.
No meu caso, confesso que o mérito é de Deus, que tem me sustentado de forma sobrenatural e me dado força mental para prosseguir. Porque se dependesse de mim, eu já tinha jogado tudo para o ar.
Já perdi a conta de quantas vezes orei a Deus de forma brava, chateada comigo mesma, pedindo respostas e também socorro, e Ele sempre com sua forma doce e calma desembaraçava as coisas para mim.
Ontem eu pedi a Deus mais uma vez que me ajudasse a praticar o que Paulo explica em Gálatas 5:22-23, que diz: Mas o Espírito produz este fruto: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Não há lei contra essas coisas”.
Contextualizando, Paulo exortava o povo sobre ter uma vida regida pelo Espírito Santo, e não pelos desejos da carne, que só geram frutos destrutivos para a vida humana, e que para saber se a nossa vida está sendo regida por Cristo, os frutos acima nos dão as respostas.
Se isso é fácil? Claro que não é. Mas cabe a nós decidirmos o que vai governar as nossas vidas, e após essa decisão, o caminho é de busca contínua, para que Deus entre em nossas vidas e faça morada, o resto é lucro!
Se você que me leu, passou pelo infernal TCC, compartilha comigo sua experiência.

Beijos e beijos!
Gaby.

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Autor independente e desconhecido




por Gabriella Gilmore

Ser autor independente e desconhecido é sofrido.
Você pode ter uma criatividade incrível, uma sacada genial para compor seus personagens e escrever diálogos sensacionais, mas as pessoas não estão nem aí. Afinal, seu nome não está nas revistas de cultura ou na lista dos livros mais vendidos do mês.
Ser autor independente e desconhecido é caro demais.
Quando você decide lançar um livro com a cara e coragem, você investe o dinheiro que não tem junto com a fé que te sobra, e no final das contas, você paga a conta sozinho.
Ser autor independente e desconhecido é de virar os olhos.
Sempre tem um ou outro pedindo livro seu. Eu disse pedindo, e não comprando. As pessoas não entendem que você não tem livros e nem grana sobrando para presenteá-los, porque se você não os vender para cobrir as despesas, consequentemente não terá dinheiro o suficiente para dar cortesias aos colegas.
Ser autor independente e desconhecido é muito deprimente. Você implora para a família e os amigos para te ajudarem a divulgar seus textos, sendo que isso deveria ser algo natural e espontâneo de quem o vê dar o sangue com seus trabalhos. Custa ajudar sem a gente soltar uma intimação?
Contudo, ser autor independente e desconhecido chega a ser muito bom porque você é dono de suas ideias, não precisa enlouquecer com prazos e cobranças da editora, e por ser desconhecido, consequentemente ninguém julgará seus textos de forma cruel. 
Será mesmo?
Em síntese, ser autor independente e desconhecido é para aqueles que amam a arte literária sem esperar nada em troca, afinal, escrever nos dá algo que não tem preço, a liberdade de sermos nós mesmos, e o melhor, de sermos poetas.


quinta-feira, 3 de outubro de 2019

A moça do Sr. El


por Gabriella Gilmore

            Kátia era uma mulher independente, trabalhadora, do sorriso largo que andava na maioria das vezes de muito bom humor. Os únicos dias que ela ficava diferente eram quando acordava emotiva ou apaixonada. Kátia chorava por ser amada ou por amar demais. Essa era a nossa querida Kátia.
            Kátia tinha um grande amigo. Ele era seu confidente, e por ter este título, ela sempre o confiava à pergunta principal do seu dia: como estou hoje.
Esse amigo era o espelho do elevador.
            _ Bom dia Sr. El. Como estou hoje?
            _ Oh minha querida Kátia. Você está magnífica, como sempre!
            Kátia deu um sorriso e aproveitou para fotografar aquele momento.
Colecionar aqueles generosos elogios a ajudava afirmar quem ela era no mundo.
E Kátia sabia do seu valor.
            Além de ser administradora numa grande empresa de automóveis na capital, Kátia também era promoter, filha ajudadora, tia de sobrinhos sanguíneos e daqueles que ela escolheu adotar, amiga acolhedora, instrutora de yoga e muito querida no centro onde ela tomava conta do serviço social. Kátia era quase uma heroína da Marvel.
            Um dia, Kátia acordou enferma. Ela estava tão indisposta que mal conseguiu se levantar para pegar seu telefone e mandar mensagem para alguém.
Kátia queria mesmo era ouvir o que o Sr. El tinha para lhe dizer nesse dia.
Kátia adormeceu mais um pouco.
            “Trim, trim, trim”.
            Seu telefone tocou.
            Kátia custou a se levantar para pegá-lo.
            Com a lentidão para atendê-lo, perdeu a ligação.
            Era sua irmã mais velha.
            Ela aproveitou que já estava de pé, foi ao banheiro lavar o rosto e decidiu não ir trabalhar. “Antes de eu voltar para a cama, preciso conversar com o Sr. El”. Pensou Kátia.
Desanimada, ela se direcionou ao elevador.
O mesmo já estava subindo trazendo algum vizinho.
Kátia cumprimentou a senhora Carminha do apto 1105 e entrou no elevador.
            _ Bom dia Sr. El. Eu estou um trapo. Acho que nem vou te perguntar nada hoje.
            Houve um silêncio. O espelho estava calado.
            _ Tá bom. Tá bom! Como estou hoje, Sr. El?
            _ Oh minha menina! Você está maravilhosa até mesmo cansada. Porque seu cansaço tem nome. Você trabalha muito e ama o que faz. Manter-se ocupada é o seu maior vício, e você sabe que às vezes precisa parar de salvar o mundo para se salvar. Volte para cama, recomponha-se que amanhã é outro dia.
            _ Eu não trouxe o celular.
            _ Não precisaria. A imagem que eu tenho de você é sempre a mesma: uma mulher sorridente, idealista, enérgica, que faz de tudo para mudar este mundo para melhor.
            Kátia abraçou a si mesma e voltou para o apartamento.
            Ela se alimentou, colocou seu melhor look e foi viver!


Texto dedicado a minha tia/amiga Karla, uma pessoa maravilhosa que me salvou muitas vezes em BSB quando morei alguns anos por lá.

O insta dela é: @karlabolshaia & @bolshoicerimonial
Blogger: bolshaia.blogspot.com