por Gabriella Gilmore
Ser autor
independente e desconhecido é sofrido.
Você pode
ter uma criatividade incrível, uma sacada genial para compor seus personagens e
escrever diálogos sensacionais, mas as pessoas não estão nem aí. Afinal, seu
nome não está nas revistas de cultura ou na lista dos livros mais vendidos do
mês.
Ser autor independente e desconhecido é caro demais.
Quando
você decide lançar um livro com a cara e coragem, você investe o dinheiro que
não tem junto com a fé que te sobra, e no final das contas, você paga a conta
sozinho.
Ser autor independente e desconhecido é de virar os olhos.
Sempre
tem um ou outro pedindo livro seu. Eu disse pedindo, e não comprando. As
pessoas não entendem que você não tem livros e nem grana sobrando para
presenteá-los, porque se você não os vender para cobrir as despesas, consequentemente
não terá dinheiro o suficiente para dar cortesias aos colegas.
Ser autor independente e desconhecido é muito deprimente. Você implora para a família e os amigos para te ajudarem a divulgar seus textos, sendo que isso deveria ser algo natural e espontâneo de quem o vê dar o sangue com seus trabalhos. Custa ajudar sem a gente soltar uma intimação?
Contudo, ser autor independente e desconhecido chega a ser muito bom porque você é dono de suas ideias, não precisa enlouquecer com prazos e cobranças da editora, e por ser desconhecido, consequentemente ninguém julgará seus textos de forma cruel.
Será mesmo?
Em síntese, ser autor independente e desconhecido é para aqueles que amam a arte literária sem esperar nada em troca, afinal, escrever nos dá algo que não tem preço, a liberdade de sermos nós mesmos, e o melhor, de sermos poetas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário