(Contém Spoilers)
Minhas
emoções sobre o desfecho da série do HBO - Sharp Objects, são muito particulares, então não me venha com
“xurumelas”!
Para Ana.
Nunca imaginei que um “TV
Show” fosse capaz de conseguir me tirar do eixo como aconteceu com S.O e seu
“grand finale”.
Tive duas sensações referentes
ao final da série: a primeira foi de revolta, desprezo e eu fiquei tão cega e
surda que consegui capitar um silêncio na mente da Camille que talvez só
existiu na minha cabeça. (Normal).
A princípio externei minha
indignação com minha amiga Ana, que indiretamente me fez acompanhar a trama, e
rascunhei uma postagem aqui que ficou horrível. (Deletei).
Precisei assistir ao 8ª capítulo
novamente para ver se minha fúria tinha sentido.
E teve. Deixa-me explicar.
Na verdade a minha raiva foi
apenas por saber que o show acabou e que eu não beberia mais da dor de Camille.
(Ana, você venceu).
A segunda sensação foi que eu
estava realmente surda porque quando assisti o 01x08 a primeira vez, eu só conseguia
ouvir a dor de Camille e mais nada. A trilha sonora esteve sim presente nas
cenas, o desfecho não foi de todo ruim, Camille não foi tão fraca, e percebi
que eu realmente preciso comprar o livro original para ler porque não me
contentei com os furos e as brechas que a telinha nos deixou.
A série teve dois focos que me
deixou presa: o mistério envolvendo as mortes em Wind Gap e o entrelaçamento de
DNAs danificados da geração de mulheres da família da Sra Adora, mãe de
Camille, onde uma sucessão de abusos mentais e físicos foi deixando um legado
de transtornos emocionais. Um prato cheio para nos viciarmos e fazer com que
mergulhássemos na mente da protagonista e também ativássemos o nosso faro
instintivo de busca, afinal, passei as noites tentando descobrir quem foi o
assassino e quais seriam suas motivações.
Confesso que o diretor
Jean-Marc Vallée, ao focar no tratamento abusivo de Adora à Camille, em suas incansáveis administrações do
“remédio” veneno, e nos fazer assistir de camarote Camille se doar para salvar
Amma, me fez querer quebrar meu computador e ir sacolejar a personagem que
precisava reagir ao invés de se entregar. Aquela agonia paralisante me fez
enxergar a linha tênue que separa a mente sã da mente doente, e o quanto
estamos expostos às tamanhas mazelas mentais. DEUS! Me esgotei. Quase morri de
desespero como se eu pudesse sentir o que Camille estava sentindo. Como os
produtores conseguiram fazer isso??
Para quem gosta de suspense psicológico precisa urgente assistir Sharp Objects, e tenha em mente o poder que as lembranças de Camille podem fazer com você.
Beijos
@gabygilmoreofficial
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