Criando experiências. Conteúdos de Literatura, História, UX Writing e artes em geral.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
Desacato a autoridade?
Uma crônica por Gabriella Gilmore
Sexta-feira, feriado, mas Matilda prefere manter sua rotina de horários.
Acordou às 6:15 como de costume, colocou a água do café para ferver, e aproveitando os minutos de espera foi tomar uma ducha gelada.
Às 7 horas fez o caminho do trabalho para ir até a padaria comprar seu pão favorito.
Mais uma vez ela se esbarrou com dois policiais tomando café da manhã lá.
Como toda pessoa do interior, ela cumprimentou os dois senhores com bom dia e um balanço de cabeça. Porém, dessa vez o policial foi o primeiro a desejar bom dia. Ela corou.
Matilda foi até o refrigerador pegar o suco de laranja e se dirigiu ao caixa. O homem da “lei” chegou logo atrás.
- Mais alguma coisa Matilda, além do suco? Perguntou dona Mariquinha.
- Vou levar o hamburguinho e aquele pãozinho de cebola que amo.
Nisso o policial se alinhou junto de Matilda mexendo no celular.
- Oi. Disse o policial abrindo um sorrisão.
- Oi. Respondeu Matilda constrangida.
- Eu poderia ter o seu número de celular?
- Será desacato a autoridade se eu não lhe disser?
- Poderia me deixar bravo se me desse o número errado. Ele sorriu docimente quebrando o gelo.
- São R$ 10,50 Matilda. Interrompeu Mariquinha.
A protagonista pagou pelo lanche e saiu de fininho, mas contando com a sorte de reencontrar aquele homem de farda. Vai que?
domingo, 26 de fevereiro de 2017
A arte
Sempre admirei a pintura mesmo nunca conseguindo ler um quadro. Confesso. E sou uma negação para fazer um rabisco que seja.
Eu até brinco de escrever, de musicalizar, de fotografar, e cheguei até pensar em testar a pintura fazendo aulas particulares. Quem sabe né? Mas ainda não o fiz.
Em 2008, comprei o "Grande livro da arte". Fiquei apaixonada.
Quando assisti o filme com Julia Roberts chamado "O sorriso de Monalisa", eu logo pensei: quero ser igual a ela quando eu crescer.
Hoje, eu estudo História na faculdade... e às vezes me pergunto se é destino, talento, ou nenhum dos dois.
Será que vou seguir o caminho da História da arte?
Bom, daqui à três anos veremos. Rs.
Bom dia para vocês Introspectors!
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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
Onde está a falha na educação
Foto tirada no Espaço Cultural Nelson Mandela
Onde está a falha na educação?
Uma crônica de Gabriella
Gilmore
Carmela termina seu café da
manhã às pressas. Ela tinha de estar pontualmente as 9hrs na biblioteca pública
para a roda de leitura com os alunos do 9º ano.
Ufa! Chegou a tempo.
O assunto era sobre Nelson
Mandela.
Com um texto de 4 páginas nas
mãos, os alunos tentavam acompanhar a leitura dividida entre eles, sugestão feita pelo bibliotecário. Não
funcionou.
- Quem quer começar?
Houve um breve silêncio.
Depois começou as gargalhadas sussurradas. Um aluno cutucava o outro.
- Leia você! Sugeriu Américo.
Ah, não quer? Então, leia você. Pediu com gentileza ao estudante ao lado. E
assim foi até encontrar no meio da roda uma primeira pessoa para começar a
leitura.
É assustador ver como os
adolescentes de hoje são inquietos, desinteressados, infantis, tímidos e tolos.
Será que o problema está dentro de casa ou dentro de sala de aula?
Carmela observava aquilo com
lágrimas nos olhos.
É triste ver a falta de
inspiração pela cultura assistido pelo comportamento das crianças.
Por que será que eles não
gostam de ler? Isso explica sua inquietude dentro de sala?
Nisso veio um filme na cabeça de
Carmela. Ela nunca aprendera a gostar de ler dentro de casa e nem dentro de
sala. Nunca explicaram a ela o prazer e a alegria que uma leitura poderia
proporcionar. Na verdade, ela nunca teve pais ou professores apaixonados pelo
saber, pela cultura. O segredo está na paixão!! Uma vez, ela com 19 anos,
conheceu pela internet uma adolescente muito sabida que tinha 14 anos, e ali,
ela sentiu interesse em participar daquele mundo culto para tentar entender
aquela paixão que saia de dentro de Helena, tão nova, tão agradável, tão
adulta!
Carmela nunca mais conseguiu
sair daquele mundo das letras.
O bochicho paralelo na roda
atrapalhava a leitura, Carmela irritada, se levantou e começou a discursar.
- Senhores professores e
responsáveis pelo espaço cultural. Bom dia! Peço um minuto para uma palavra.
Eles se entreolharam tentando
lembrar donde surgiu aquela jovem senhora. Não a reconheceram.
- Me chamo Carmela Pinhão. Sou
estudante de Letras. E estou apaixonada por estes alunos.
Em questão de segundos a roda
silenciou-se e olharam para ela.
- Estou aqui admirando a
beleza e juventude de todos vocês. E imaginando quantos meninos e meninas
brilhantes vamos ter daqui uns anos. Aposto que temos aqui ótimos jogadores de
futebol, músicos, dançarinos, poetas, pessoas que gostam de ajudar os outros, e
leitores entusiasmados. Aposto que tem!! Mas por que vocês estão tímidos e
ansiosos em participar dessa rodinha de leitura? Olha! Eu não sou melhor que
vocês. E nem os professores ali sentados naquela enorme mesa quadrada. Somos
tão bons quanto vocês. Vamos imaginar um corpo e suas partes. Os pés é parecido
com os rins? E os braços com os olhos? São bem diferentes né? Mas eles fazem
parte de um corpo, e cada um tem sua especialidade, tem o seu talento. E aqui nessa
roda todos nós somos úteis e inteligentes, e é por isso que precisamos nos unir
e interagir uns com os outros, para que tudo funcione prazerosamente. Eu ainda
estou tentando entender por quê que vocês se olham e ficam rindo. (Carmela
começou a rir. Logo a turma também).
- Tá vendo? Deixe a tensão
para as pessoas rabugentas. Aposto que aqui não têm rabugentos.
Pessoal, a leitura é mágica.
Não sei se já te falaram isso. Mas ela é tão completa, que deixa a gente
dependente, você acredita? Com a leitura a gente consegue viajar sem sair de
casa. A gente melhora a nossa escrita. A gente consegue conversar com pessoas
diferentes e deixar marcas. A gente melhora o nosso conhecimento e a ansiedade diminui.
Não acredito que nunca falaram isso para vocês. E digo mais: criar esse hábito
de leitura pode começar conosco. Eu sei que temos pais que às vezes não tem
tempo para nós, mas começar a fazer uso da leitura é igual a experimentar
pratos diferentes. Quem gosta de ir a restaurantes diferentes?
(Todo mundo levantou as mãos).
Pois é exatamente isso que
acontece conosco quando a gente inclui o hábito da leitura na nossa agenda.
Não estou dizendo que você vai
deixar de jogar vídeo game ou mexer no celular, você só vai incluir mais uma
coisa na sua rotina. E para começar, escolha um personagem ou um assunto que
você adore. Aposto que quando começar, não vai querer parar mais. Porque vai
gerando aqueles links relacionados, assunto com assunto, dai o conhecimento nos
mostra como ele é infinito. Hey você! Todo ralado nas pernas!! Chamou Carmela o
jovenzinho na roda. Aposto que caiu de bicicleta né?
- Foi sim tia, como sabe?
- Ah, eu chutei ahahaha Você
pode começar a ler sobre ciclistas famosos e aqueles que fazem atividades
radicais na bicicleta. O que acha? Quem sabe você também não queira ser como
algum deles um dia! Ou criar alguma modalidade diferente?
Os alunos se olharam, e
Carmela encerrou o discurso.
- Quem quer continuar a
leitura? Perguntou uma das professoras responsáveis pelo grupo.
Todos levantaram as mãos.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
Caçador de mim
Caçador de mim.
Inspirado na canção de Milton
Nascimento
Uma reflexão sobre o que é o
homem
Por Gabriella Gilmore
Nascemos predestinados para exercer
um papel na vida ou escolhemos o que queremos realizar?
Talvez tenhamos dois tipos de
respostas: uma criacionista e outra evolucionista.
Se eu fui criada por um Deus
eterno, arquiteto de tudo e todos, imagino que nascemos com uma missão. Afinal,
toda missão requer um propósito. Se você nasce de um acaso, talvez a sua vida não fizesse sentido.
O que dói na gente, no viver,
é quando lutamos contra os desígnios do Pai. É cansativo, é revoltante. Somos
nós fazendo o papel de eternas crianças teimosas.
Mas e ai? Isso significa que o
homem nunca será capaz de escolher o que quer ser quando crescer? Oras, claro
que pode! Porém, é muito comum a gente se atrair pelos caminhos na contra mão. E
quando um carro desgovernado cruza em nossa estrada, o choque geralmente é
desastroso. Somos nós, recebendo uma repreensão. Repreensão de quem?
O ser humano nasce com talentos.
Com potencial que o Criador nos deu. E se a gente ignora isso por alguma razão,
estamos de novo andando na contra mão. E está ai, a tal vida dolorida!
Adoramos caçar as coisas do
outro. A si mesmo que é bom, nada!
Se eu vim do macaco, que vida
mais sem sentido! Nascer e morrer. Para quê?
Posso escolher então não existir?
E recitando as palavras
poéticas de Milton: “Longe se vai, sonhando demais. Mas aonde se chega assim?
Vou descobrir o que me faz sentir! Eu, caçador de mim”...
Sabe aquele vazio existencial?
Aquela dor na alma?
Só é capaz de preencher esse
vazio aquele que projetou essa obra prima.
E de que é feito a sua alma?
Concordando com Preto no
Branco, “ninguém explica Deus”.
Então, quem explica o que é o
homem?
O crente ou o ateu? Talvez “pessoa”
nenhuma.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
sábado, 11 de fevereiro de 2017
Unicamente especiais
Pare de se comparar com os outros. Primeiramente, procure saber quem você é. Somos todos unicamente especiais. (Gabriella Gilmore)
Bom dia Introspectors!
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Propósito da vida
Há pelo menos três elementos essenciais para uma vida satisfatória: um claro senso de identidade pessoal, um forte senso de missão e um profundo senso de propósito.
E ai, o que temos para hoje?
Bom dia Introspectors!!
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