Comecei ontem a re-estudar Clarice para a discussão no Clube do
livro "Café aux lettres", que
será no final de outubro sobre o livro Perto do coração selvagem.
Fiquei louca quando o título que sugeri foi sorteado, e de presente, as
companheiras deixaram eu ser a patrona da vez.
Costumo ser ainda mais caprichosa
e atenciosa quando o autor me seduz. Clarice me ganhou até mesmo antes deu
conhecer seus textos. Como muitos de meus pensamentos são "nonsense",
decifrar a autora para mim é prazerosíssimo e divertido. Rio muito com suas palavras.
Comentei com uma membra do grupo
que antes do Clube se concretizar, eu queria mesmo era fazer um Clube de
leitura da Clarice Lispector. Ponto. Mas aonde eu encontraria só amantes
dela?
Lendo o livro La cantatrice
chauve de Eugène Ionesco na oficina de teatro do curso de francês, a gente se
depara com os textos de Teatro Absurdo. Até então, você pensa naquele monte de
palavras sem noção, desconexa, e inútil, mas como disse André Le Gall, biógrafo
de Eugène Ionesco, "Não é porque não
compreendemos uma coisa que ela é absurda".
As notas de
nonsense, quando sustentadas ao longo de muitas páginas nos livros de Clarice,
têm um efeito inquietante, hipnótico, porém é uma parte que existe dentro da
gente que nós ignoramos, mas ela sempre esteve lá.
Nonsense se faz
necessário.
Ler Clarice é
dar importância às coisas que a gente deixa passar só porque achamos
insignificantes.
Portanto,
companheiras do Clube, e amantes de C.L, a dica que deixo para lê-la é: Leia!
Deixe ela
entrar.
C'est tout.
Beijo no coração
e bom sábado.
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