Burguesia, capitalismo e afins
Por Gabriella Gilmore
Definir
e entender a classe burguesa é importante, pois ela foi responsável para que a
Revolução Francesa acontecesse tendo o liberalismo como ideologia nas
revoluções contra os regimes absolutistas dos séculos XVII e XVIII.
O
conceito de burguesia é um tanto complexo pelo fato dela ter ganhado algumas
interpretações ao longo de seu surgimento. Entende-se por burguês, o
comerciante, o produtor rural com posses consideráveis, pagadores de impostos, e
de acordo com a definição de Marx, a burguesia é aquele proprietário dos meios
de produção, portanto, o explorador de mão de obra barata.
Com o advento do
Liberalismo que surgiu no século XVIII tendo o Iluminismo como inspiração, defendia
a liberdade individual, a divisão do poder político, a livre iniciativa e
concorrência e o direito a propriedade privada, chacoalhou os pensamentos
daquela época e incentivou os burgueses a questionar o governo absolutista
monárquico, a economia reprimida e a falta de liberdade de expressão e
econômica, e passaram a lutar por tais mudanças. Defender uma política livre e
sem interferências do Estado no comércio foi à base para que uma revolução
surgisse.
Citando Martin Perry, “De modo geral, o liberalismo foi a
filosofia política da burguesia. Enquanto os conservadores buscavam fortalecer
os alicerces da sociedade tradicional seriamente abalados no período da
Revolução de Napoleão, os liberais desejavam alterar o status quo e cumprir a
promessa do iluminismo e da Revolução Francesa”.
Cansados
de alimentar um governo que não lutava pela sociedade em geral, e de viver um
caos na comunidade da época devido as más colheitas e os impostos altíssimos, os
burgueses juntamente com as massas (os sans culotes) se levantaram contra o
antigo regime, pressionando a monarquia para que eles também fizessem parte das
escolhas políticas e econômicas.
Muitas cabeças rolaram
para que hoje tivéssemos mais liberdade econômica e política, e sabendo que o
capitalismo tem seus defeitos, onde o lucro é seu principal objetivo, e a mão
de obra barata seus malefícios, precisamos continuar pensando sobre esse
sistema econômico que vem crescendo a cada década que passa, sem nos
esquecermos de um dos princípios que John Locke pregava: liberdades! E será que
nós somos realmente livres para produzirmos nossa própria riqueza? Não seríamos
nós, hoje, escravos do dinheiro? Que essas duas perguntas fiquem como reflexão
para nós.
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