Bom dia leitores, amigos, haters!
O post de hoje é sobre independência e moradia em repúblicas.
Um dia desses assisti um programa de TV no qual tinha como tema principal este tópico. Como eu também moro em república e considero a minha "atípica", achei interessante escrever sobre minha experiência.
Quando se fala em dividir apartamento, as pessoas logo já pensam no tanto que deve ser legal estar com os amigos 24hrs, festas, liberdade, sem os pais por perto, sem regras e afins. Já no meu ponto de vista, certa intimidade "enfraquece" a amizade, a ordem, a liberdade.
Para começar, me desculpe o palavrão, mas intimidade é uma merda. As pessoas são diferente uma das outras, tem ritmos diferenciados, estilo de vida, gostos etc. Há pessoas que não suportam isolamento, outras já o prefere. Quando se está num ambiente, mesmo que seja com amigos do peito, você também precisa do seu espaço, mundinho de Bob. E algumas vezes a intimidade em excesso te leva a fugir de certas regras.
Posso estar errada, mas já ouvi casos de pessoas se frustarem porque as tarefas da casa só estava sendo efetuada por uma das partes envolvidas. Ou seja, se fosse com algum estranho, talvez andasse na linha, ou a própria pessoa desorganizada se colocaria no "paredão".
Há dois anos eu divido apartamento com duas estranhas, digamos assim. Mal sei sobre elas e elas sobre mim. A parte boa é que não empresto nada a elas, não faço favores, as regras são cumpridas, e é como se eu vivesse sozinha.
Tudo bem que não somos jovenzinhas, todas já passaram da casa dos 30, e eu preferi não me apegar para evitar chateação.
Sujou lavou, a cada final de semana uma fica responsável pela limpeza geral do apto exceto quartos, e somos responsáveis igualmente pelo retiro do lixo.
A casa é silenciosa, (a única barulhenta sou eu quando toco violão no quarto rs), somos organizadas e esse 1% de intimidade mantém, creio eu, todas na linha.
Obviamente isso vai do perfil do grupo. No quarto em que ocupo, eu sou a 3ª. Na entrevista, as colegas me disseram que as outras três não se habituaram a rotina da casa. Tive sorte, talvez.
Já me perguntaram se eu não sinto falta de amigos para conversar ou coisa do tipo. Não. Se eu quiser conversar eu saio para encontrar algum conhecido. E como eu leio bastante, escrevo e toco violão, nas horas vagas eles me fazem a melhor companhia. Não sou muito de festas, e tenho preguiça de gente as vezes, então eu encontrei o espaço perfeito.
E você, qual seria a sua república ideal?
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