Aqui
estou eu de volta. Isso nunca responde a nada.
Onde
eu estava quando eles transmitiram o fato de que você é amada?
Às vezes eu queria não ter
nascido “humano”.
Seguimos leis que nem
sempre vão de acordo com a nossa natureza pessoal.
Você nasce, cresce, procura
algum emprego que te satisfaça, se casa para ter filhos, envelhece e morre, ou
fica para a semente como a minha avó, aquela...
A merda toda começa quando
você não se encaixa em algum emprego que te traga felicidade, porque muito das
vezes ele não te dá o dinheiro que você precisa, dai você se sujeita ao “subemprego”,
para fazer com que a grana feita lá te mate aos poucos. Felicidade quase nunca
é comprada com dinheiro.
Pulando isso, tem a
questão de encontrar alguém que você queira compartilhar o resto da sua vida.
Mas peralá! O resto da
vida é tempo pra caralho. A maioria pensa assim, mas continuam na relação para
não causar bafafá na sociedade.
Pessoas acima dos 30 anos
solteiros, casais sem filhos, casais com filhos e no terceiro divórcio. Prato
cheio para olhares tortos.
Eu já vi quase tudo.
Por alguma razão, eu me
recuso a chutar esses carnívoros na parede.
É maravilhoso que o meu
coração ainda se cure, bata e sinta. Ele faz qualquer coisa.
Sim, eu queria estar com
alguém para partilhar meus pensamentos, minhas músicas, minhas frustrações.
Eu assusto as pessoas com
esse amor todo que transborda do peito.
Não sei lidar por muito
tempo com a falta de atenção que sinto em relação às pessoas. Ninguém se importa
com o que você sente, nem quando você abre a boca e grita para todo mundo ouvir
o que se passa aqui dentro.
De novo, eu queria não ter nascido “humano”.
Não fique ai sozinha,
querida.
Volte para casa.
Eu estarei aqui de
braços abertos para te abraçar quando você chegar.
Te mostrarei aonde você
pertence.
Se você está com
saudade, volte para casa.