Eu voltei hoje para casa
com minha amiga e colega de trabalho, e me dói o coração só de imaginar que
esta pessoa que já se tornou tão especial vai ir embora. Bem faz ela em ir de
encontro a sua felicidade...
Falávamos sobre a questão
da solidão e das pessoas que são individuais demais por opção. Eu sempre
comento com ela o fato de que eu vivia cercada de amigos e sempre tinha
atividades em minha cidade natal, e que viver em BSB às vezes não é só glamour,
como pensa muitos amigos que ficaram nas Minas Gerais.
“Eu me habituei a essa coisa
de lidar bem com a solidão e correria da cidade grande bem rápido, caso contrário,
eu seria engolida pela depressão.”
Muitas pessoas não
entendem como isso é possível, porque hoje eu já nem sei dizer se a Gabi aqui é
mesmo extrovertida ou introvertida.
Tenho sorte de ser meio camaleão,
que se habitua bem a lugares de todo o tipo. Falei que posso também fazer bons
amigos aqui, que a questão é só o tempo. E que ter metas, é tão importante como
ter disposição para cumpri-las. Eu não estou aqui por acaso.
Ontem, enquanto eu fazia
um lanche com uma colega do curso e falava ao mesmo tempo ao celular com minha
mãe sobre sentir falta da minha irmã que também mora aqui, mas que está
passando uma temporada fora , essa colega me olhou torto, tipo: Estou aqui,
como assim? Acontece é que percebi também que em cidade grande as pessoas
talvez não saiba o que é o verdadeiro conceito de amizade. Aqui tudo passa
rápido, o tempo engole as pessoas, isso quando não rouba cada gota da sua
vitalidade, te tirando do convívio das pessoas que gosta em prol de um trabalho
maçante... Amizades e contatos aqui são como cometas. Passam rápido. A
rotatividade é tão grande que você passa a desconfiar de cada alma que se
aproxima. Às vezes a gente se fecha com medo de outra decepção, ou de se apagar
a alguém e ela simplesmente sumir da sua vida.
Entende por que preciso de
armaduras?
Mas no final das contas,
tenho amado tudo isso. Eu preciso disso. Porque preciso crescer para escrever.
Preciso viver para contar, cantar...
Fico feliz de ter te inspirado, mas não quero te fzr chorar :/ Quanto a isso de ser solitária, eu sou mesmo, mas é algo tão 'eu', que eu nem percebo, às vezes.
ResponderExcluirTalvez o caso da sua tristeza seja só uma questão de costume ou uma necessidade de se fazer amigos verdadeiros.
Em todo caso, eu vou embora sim, mas nunca me esqueço das pessoas que passaram por minha vida, mesmo que tenha sido por pouco tempo. Todas elas me ajudaram a ser quem sou hoje. E vc é uma delas :)