segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A utopia de Karl Marx

“Não se trata de interpretar diferentemente o mundo, mas de transformá-lo”

Karl Marx e seu pensamento de um mundo mais justo


Síntese postada no Recanto das Letras.
http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/2523108

lima_gabriella@hotmail.com

Personagens que não nos deixam dormir

Acordei com dores na coluna, com intensos sonhos que tive esta noite. Meus personagens não tem me dado descanso!
Assisti esse final de semana o filme 2019 (um tanto exagerado mas deu para me destrair bem) e Entrevista com vampiro. Sinto meu sangue fervendo e às vezes acho que vou morder o próximo que se achegar. A festa de Halloween piloto que estou fazendo para dia 16 de outubro está roubando meu brilho, mas até que a perdoo, afinal, quero que a festa BOMBE!
Estamos praticamente no meio de um semestre e a faculdade também não tem me deixado pensar em outra coisa que não seja as apresentações e seminários. Oh louco! Escrevi a pouco uma síntese sobre Karl Marx e logo postarei para vocês. O cara mereceu ter sido imortalizado. Ele foi utópico demais, mas pelo menos deixou-nos legados, pensamentos bons, ideais de um homem justo, merecedor dessa imortalidade toda. Quem me dera um dia ser estudada em universidades!! rs
O clima hoje está uma delícia. Um nublado alegre, calado e segurando para não chorar. Se bem que uma aguinha hoje faria um bem e-nor-me. Estou pensando em um novo post para meu wordpress ( o último falei sobre SONHOS ), sugestões?

Um semana fabulosa para todos nós!
http://gabriellalimaus.wordpress.com

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sistema de saúde pública




“Há dias que são como noites” Disse minha segunda mãe Suzana Barbi uma vez para mim, tentando me acalentar. E completo a frase dizendo: E estou cansada dessa idade das trevas!
Dei uma parada com o livro porque está quase impossível pensar em coisas novas, sendo que as velhas estão tomando conta do meu cérebro. As atuais também não ficam para trás.
Pessoas me rodeando me irritam.

Ganhei de presente uma indicação de leitura que minha professora de antropologia me sugeriu. O senhor Attico Chassot. O cara é um espetáculo de simplicidade e cultura. Tenho acompanhado o blog pessoal dele e o próximo livro que quero comprar se chama: Alfabetização científica: questões e desafios para a educação, de sua autoria.

Agora vai uma crítica terrorista sobre o sistema de saúde pública do nosso pais.
Estava conversando com uma de minhas irmãs, frustrada por conta do sistema de saúde pública no Brasil,e até falei bravamente, que tacaria uma bomba no planalto da república por conta da raiva que sinto sobre as promessas que esses malandros fazem no tocante VIDA da população. Uma vez usei o exemplo de um país que prefiro não citar o nome, porque não gosto muito de seu governo, apesar de usar agora o exemplo como uma coisa boa. Enfim, quando você adoece, e está em estado de urgência, quando chega no hospital, eles logo te atendem levando-o aos exames. O fator GRANA para pagar as despesas hospitalar fica para depois, quando conseguirem salvar a sua vida. Ou seja, a vida em primeiro lugar, porque com a saúde, você poderá pagar a conta no hospital. Já aqui no Brasil, você PAGA primeiro para continuar a viver. Tem coisa mais ridícula? E o que você pode fazer quanto a isso? NADA.
As vezes tenho vergonha de ser humana.
Agora deixo uma alerta meio que clichê, sobre o momento político eleitoral na qual estamos vivendo. Seu candidato a presidente faz alguma coisa a respeito disso? E a equipe dele?
Se liga, porque é com a nossa vida precária que eles incrivelmente conseguem o poder.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Fome de um nós


photo por Gabriella Lima

“You have your life darling, and I have mine”

Essa maldita frase não sai de meus pensamentos. Isso já faz dias. Dias que antes passavam rápido, agora lentamente sussurram em meus ouvidos esses dizeres.
Sim, eles foram ditos para mim ao telefone, quando eu insistia para essa pessoa tentar ao menos fazer mais parte da minha vida.
É tão complicado não pertencer a alguém, e é muito mais complicado quando você tenta se enganar disso, de que nunca desejou ser de alguém, fazer parte de alguém.
É. Eu sei.
Sei que sou completa. Sou mesmo?
Você é?
Essa idéia do completo é bonita porque ela te deixa forte e satisfeito, mas no fundo sempre vamos almejar alguém que complete essa sua parte ‘completa’.
Tudo bem que tudo acaba sendo conseqüências de atos passados, coisas que você fez mesmo sem perceber, e que agora retorna para te dar uma lição, ou melhor, outra lição.
A vida inteira você afastava as pessoas que te amavam, que sentiam sua falta, que te procuraram e você as rotulava de ‘sebosas’ ‘grudentas’. Hoje você se coloca em seus lugares, sentindo exatamente o que elas sentiam naquela época.
Sabe, estar com você não tem preenchido nada porque na verdade não há buracos aqui para serem preenchidos. Eu só gostaria de poder entender o que está havendo, de saber mais um pouco de você, de poder conhecer sua mãe... e ai? Como faz?
Tão perto! Tão longe.
Você sabe tanto de mim! Nada sei de você.
Tu conheces minha casa, meus amores, minha vida, minha morte, meus receios, minhas infantilidades... minha virtude.
Vou precisar implorar?
Não. Nunca.
Talvez sejamos de mundos diferentes e meus amigos te amedrontam.
Você, que jurava tanto não temer nada... que jurava saber de tudo.
(...) e eu só gostaria que você enxergasse esse mundo que tanto me inspira!!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

TEXTO SOBRE O CÉREBRO E A VIDA

Por Airton Luiz Mendonça (Artigo do jornal o Estado de São Paulo)

"O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos."

Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem
portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo. Por alguns
dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo,
incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. Isso
acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos,
pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.

Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: nosso cérebro é
extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.

Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria
louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior
parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e
portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos
para compreender o que está acontecendo.

É quando você se sente mais vivo. Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai
simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências
duplicadas.

Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo
acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais
rapidamente.

Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção
parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os
semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas
com a imagem anterior, na mente); o cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente
pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência).

Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente.
Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa... São apagados de sua
noção de passagem do tempo...

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência
repetida. Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir: as mesmas ruas,
pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as
experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com
que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.

Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no
ano ou, para algumas pessoas, na década. Em outras palavras, o que faz o tempo parecer
que acelera é a... r-o-t-i-n-a.

Não me entenda mal. A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria
das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de
um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M ( Mude e Marque). Mude,
fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos. Mude
de paisagem, tire férias com a família sugiro que você tire férias sempre e,
preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos,
cartões postais e cartas. Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de
aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).

Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.
Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe
do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade
com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes
no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo. Escolha roupas
diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.

Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes. Vá a mercados diferentes,
leia livros diferentes, busque experiências diferentes. Seja diferente. Se você tiver dinheiro,
especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras
cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos
esquisitos... em outras palavras... V-I-V-A.

Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo. E se tiver
a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu
livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria
dos livros da vida que existem por aí.
Cerque-se de amigos. Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com
religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.

Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e
vida.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010