Há alguns anos eu ouvi dizer que a depressão, e outras enfermidades
que tem como base a ansiedade, seriam o mal do século.
Eu lido com este “monstro” desde 2006 e mesmo fazendo
tratamentos, terapias, leituras em busca do autoconhecimento, o monstrinho
ainda reaparece quando eu dou uma brecha.
Que brecha seria essa?
Acúmulo de responsabilidades, estresse, falta de
autocuidado, mania de dar conta de tudo, parecer ser forte 24/7 ou tentar ser quem
não sou.
Ontem eu descobri que mais um amigo está lidando com
Síndrome do Pânico. Isso me dói à alma porque o “mal do século” está realmente
entre nós e às vezes penso que não estamos lutando contra ele porque ainda
existe preconceito sobre a saúde mental. Ninguém acredita no “monstro invisível”
do outro.
Em crises, meu nível de ansiedade fica tão alto que minha
mente me prega peças bem reais. Sinto e vejo coisas que estão longe de serem
fatos consumados, mas eu sofro como se fosse verdade, sabe por quê? Por causa
do medo do desconhecido. O medo é a energia que alimenta a ansiedade, e a
ansiedade é um monstro invisível que alimentamos com o medo improvável do
desconhecido.
Portanto, precisamos buscar o autoconhecimento para que
possamos tentar fazer a leitura de forma racional do que estamos sentindo para
que as crises sejam menores, ou como gosto de ilustrar: não fugir das ondas,
mas sim surfar nelas com consciência e coragem, até porque mais ondas virão,
pois esse tipo de enfermidade não tem cura, contudo existem medicações e ferramentas
que nos ajudam a manter o controle da nossa mente, da nossa ansiedade.
Não ignore o que está sentindo, se abra, não tenha
vergonha, busque ajuda e surfe nesse mar com coragem tendo em mente que essa
onda também irá passar.
Se você gostou deste texto compartilhe com as pessoas que
possam ser abençoada com estas palavras.
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